Ir ali, ao lado de lá do Minho, não é bem sair de cá. Deste lado.
Numa conversa em A Coruña (e assim escrevo para que consiga sentir que sai deste País), ouvi e aprendi muito sobre a História de Portugal, dos portugueses. Muito mais do que aprenderia em livros e livros que lesse sobre a saga da emigração dos anos 60. E, com os sentidos mais para o Sul e para os Açores, ia folheando jornais à disposição dos locais onde se bebia a caña... porque os meteorologistas nos enganaram, ou nós enganámos a meteorologia.
A crise, ou o pico da crise, nos jornais da Galiza. Não diria da Espanha porque, em Espanha se fala com insistência de fusões das "caixas", e parece haver forte resistência da Galiza relativamente à fusão das suas, das que são da Região. A autonomia afirma-se alto e bom som.
Em contrapartida, o orçamento do Estado espanhol foi "salvo" ("Zapatero salva las cuentas" é um título) por partido autonómicos, pois os 169 deputados do Partido Socialista (PSOE) mesmo com os 6 do PNV (Partido Nacionalista Vasco, que está em coligação com o PSOE) não chegavam para o aprovar e foram necessários os 2 deputados do Bloco Nacionalista Galego para se conseguir mais de 175 deputados. Uma espécie de "queijo limiano", que tornou o Bloco no centro das atenções. com a pragmática "recompensa" do reforço de 200 milhões de euros para a região, e primeiras páginas a mostrarem grandes fotos do vice-presidente do BNG reunido com idosos que reivindicavam a abertura de discotecas sem escadas...
O título de um dos jornais entrevistos (El correo gallego): "O peso real de 2 deputados".
Um excerto (do editorial de José António Perez): "... fizeram com que a Galiza seja um pouco mais forte hoje. E menos que amanhã?"
Sempre a aprender!
3 comentários:
Imagina que aqui pegam na idéia....
:))
Estas ideias andam em circulação. Quer nestes nossos tempos e espaços, quer vindas de outros espaços e tempos.
Por isso é que, hoje, a luta de ideias é tão determinante. E "eles" sabem-no!
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Abreijos
O Bloco Nacionalista Galego votou a favor do orzamento e ao mellor iso fora da realidade galega pode non entenderse; pero tamén compre saber que o Bloco votou contra o plan de Zapatero para axudar á banca.
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