Medidas do Governo PS para a banca esquecem o país
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
Face ao anúncio do Governo PS da decisão de instituir garantias do Estado à banca no valor de 20.000 milhões de euros o PCP considera o seguinte:
1 - É absolutamente inaceitável que, ao mesmo tempo que dá garantias de 20.000 milhões de euros para operações entre os bancos sediados em Portugal, não haja uma única palavra, medida ou intervenção da parte do Governo PS que dê resposta ao gravíssimo problema, à situação de verdadeiro sufoco no plano financeiro, com que estão confrontados milhões de portugueses com o agravamento das taxas de juro e o pagamento das mensalidades nos empréstimos à habitação, quando aquilo que se impõe, tal como o PCP defende, é um programa de emergência que contemple a descida das taxas de juro e a limitação do spread.
2- É por si só revelador, da natureza, das preocupações e dos objectivos deste Governo que, mostrando disponibilidade para ajudar os grupos financeiros, não tenha uma palavra para o necessário aumento dos salários, reformas e pensões, medida indispensável para a melhoria das condições de vida da população, para a dinamização do consumo interno e para o necessário estímulo económico de que o país necessita face a esta crise do capitalismo.
3- É significativo que na presente situação o governo continue a ignorar o quadro em que se encontram milhares de micro, pequenas e médias empresas, que representam 95% do tecido empresarial do país, não se conhecendo nenhuma medida de fundo e com efeitos imediatos que possa contribuir para a resolução dos muitos problemas com que estão confrontadas.
4- É também necessário que o Governo PS esclareça em que condições é que a Caixa Geral de Depósitos concedeu um empréstimo de 200 milhões de euros ao Banco Português de Negócios, quando é evidente que aquilo que se impõe, é o reforço do Estado neste sector.
Face ao anúncio do Governo PS da decisão de instituir garantias do Estado à banca no valor de 20.000 milhões de euros o PCP considera o seguinte:
1 - É absolutamente inaceitável que, ao mesmo tempo que dá garantias de 20.000 milhões de euros para operações entre os bancos sediados em Portugal, não haja uma única palavra, medida ou intervenção da parte do Governo PS que dê resposta ao gravíssimo problema, à situação de verdadeiro sufoco no plano financeiro, com que estão confrontados milhões de portugueses com o agravamento das taxas de juro e o pagamento das mensalidades nos empréstimos à habitação, quando aquilo que se impõe, tal como o PCP defende, é um programa de emergência que contemple a descida das taxas de juro e a limitação do spread.
2- É por si só revelador, da natureza, das preocupações e dos objectivos deste Governo que, mostrando disponibilidade para ajudar os grupos financeiros, não tenha uma palavra para o necessário aumento dos salários, reformas e pensões, medida indispensável para a melhoria das condições de vida da população, para a dinamização do consumo interno e para o necessário estímulo económico de que o país necessita face a esta crise do capitalismo.
3- É significativo que na presente situação o governo continue a ignorar o quadro em que se encontram milhares de micro, pequenas e médias empresas, que representam 95% do tecido empresarial do país, não se conhecendo nenhuma medida de fundo e com efeitos imediatos que possa contribuir para a resolução dos muitos problemas com que estão confrontadas.
4- É também necessário que o Governo PS esclareça em que condições é que a Caixa Geral de Depósitos concedeu um empréstimo de 200 milhões de euros ao Banco Português de Negócios, quando é evidente que aquilo que se impõe, é o reforço do Estado neste sector.
5 comentários:
Um país, dois sistemas: intervenção estatal para os ricos, liberalismo para todos os outros...
Certo.
Só reforçaria: intervenção estatal A FAVOR dos ricos... ou não fosse "o Estado (ou o Governo)um conselho de administração da classe burguesa".
E acrescentaria que, numa perspectiva, o sistema é apenas um e em crise: o capitalismo. Para que há alternativa.
-Se antes havia nevoeiro que tolhia a visão, hoje a coisa tornou-se bem clara.
-Não há direitos para os povos aos ricos todo é permitido-
-E agora senhores...mais uma vez se demonstra que é o povo que cria riqueza, que é com o dinheiro do Povo que o capitalismo sobrevive. Ele o capitalismo não tem tantas vidas como isso serve-se é das nossas vidas do nosso sangue; para poder sobreviver - é a personificação de
Drácula...como nos diz o Poeta vêm à noite com pés de veludo chupar o sangue fresco da manada.
Não há dinheiro para a saúde, a segurança social, a educação, etc daqueles que não podem fugir aos impostos, porém, para os vampiros nada falta.
Como sempre, esta tomada de posição do PCP não irá merecer a referência que deveria merecer da comunicação social, toda ela, pelo menos a de âmbito nacional, na posse dos grandes grupos económicos que não deixarão de salientar o que outros do sistema ou "biombos" da verdadeira alternativa dizem, todos não pondo em causa as razões de fundo que levaram ao actual estado de coisas.
Já agora, os meus parabéns pela forma como correu a apresentação do teu livro, mais recente, em Espinho, muito bem segundo me disse um amigo comum, nosso camarada, o Pedro Carvalho.
Estou a ler esse teu livro com todo o interesse e creio que deverias por-te a hipótese de um outro tendo como base o que já escreveste neste teu/nosso blogue sobre "materialismo histórico".
É um desafio que não podes deixar de considerar até porque, mais do que nunca, hoje é necessário ter presente que é indispensável aprender, aprender sempre.
Um grande abraço
Valdemar Madureira
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