La Lámpara marina
Pablo Neruda
II
La Cítara Olvidada
Oh Portugal hermoso
cesta de fruta y flores,
emerges
en la orilla plateada del océano,
en la espuma de Europa,
con la cítara de oro
que te dejó Camoens,
cantando con dulzura,
esparciendo en las bocas del Atlántico
tu tempestuoso olor de vinerías,
de azahares marinos,
tu luminosa luna entrecortada
por nubes y tormentas.
cesta de fruta y flores,
emerges
en la orilla plateada del océano,
en la espuma de Europa,
con la cítara de oro
que te dejó Camoens,
cantando con dulzura,
esparciendo en las bocas del Atlántico
tu tempestuoso olor de vinerías,
de azahares marinos,
tu luminosa luna entrecortada
por nubes y tormentas.
4 comentários:
Deduzo que amanhã há mais...
Um beijo
... e deduzes muito bem!
Beijos!
Nos anos 50 um jornal brasileiro ( de que agora não recordo o nome)publicou um artigo de Jorge Amado intitulado "Essa vida preciosa, salvemo-la" dedicado a Álvaro Cunhal. Era um artigo longo, muito bem escrito (o que não admira, porque J. Amado era um grande escritor)e apelava para uma campanha pela libertação do nosso camarada.
J.Amado escrevia, também, que contou a Pablo Neruda um encontro que teve com Álvaro Cunhal, pouco antes deste ser preso.
Segundo Jorge Amado, foi esta conversa que inspirou Neruda a escrever a "Lâmpada Marinha".
Eu recordo de ler este poema maravilhoso, em voz baixa e lembro-me do que ele significava para mim.
Ainda agora, quando o volto a ler, lembro-me do que sentia naquele tempo, e ainda sinto, embora de maneira diferente.
Campaniça
Tenho, em arquivo, esse artigo do Jorge Amado.
Vou, talvez, desarquivá-lo.
Beijos, Campaniça
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