Haiti: Brasil terá gabinete de crise e ajudará com R$ 375 milhões
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, embarca na madrugada desta terça-feira (26) para o Haiti. Ele vai instalar um gabinete de crise do governo brasileiro no país, devastado por um terremoto no dia 12 de janeiro. O objetivo é melhorar o fluxo de informações para que sejam definidas as prioridades para a ajuda humanitária aos haitianos.
Reconstrução do país deve ser feita pelo próprio governo haitiano, disse Celso Amorim
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O gabinete que será instalado pelo general terá integrantes dos ministérios da Defesa, das Relações Exteriores, da Saúde e funcionários da Secretaria de Defesa Civil Nacional, ligada ao Ministério da Integração Nacional.
Os funcionários do governo que estiverem no Haiti terão comunicação direta com o gabinete de crise coordenado pelo GSI no Brasil e ajudarão a eleger as prioridades para a ajuda humanitária.
O general Félix também deve receber um relato completo da situação no Haiti e do trabalho dos brasileiros enviados até agora para ajudar nas buscas de desaparecidos e na distribuição de alimentos e de água no país. Quando retornar, o ministro deve fazer um relato do que viu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ajuda brasileira será de R$ 375 milhões
O Brasil está disposto a doar R$ 375 milhões (o equivalente a US$ 210 milhões) em ajuda ao Haiti, mas a reconstrução do país deve ser feita pelo próprio governo haitiano, disse nesta segunda-feira (25) o chanceler Celso Amorim, que participa, no Canadá, de conferência sobre a reconstrução do país devastado pelo terremoto no último dia 12.
Os "países amigos" do Haiti iniciaram nesta segunda-feira uma conferência na cidade canadense para definir um plano de reconstrução do país caribenho, o mais pobre do continente.
Segundo o chanceler, o governo enviou ao Congresso brasileiro uma proposta de pacote total de ajuda ao Haiti de R$ 375 milhões de reais, o que equivale a cerca de US$ 210 milhões.
O valor inclui as doações, os gastos das forças militares com atividades diretamente relacionadas à assistência humanitária no Haiti, e a construção de dez unidades de saúde.
"Trata-se do maior pacote de ajuda internacional já prestado pelo Brasil, e de um montante muito significativo para um país em desenvolvimento como o nosso", disse o ministro, segundo reprodução do discurso no site do itamaraty.
Minustah
Amorim, chanceler do país que envia mais soldados para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), disse que a estratégia geral de uma reconstrução haitiana deve ser "fazer mais e melhor".
"Não é questão de fazer tudo diferente", insistiu. "São projetos que funcionam a longo prazo como, por exemplo o reflorestamento que o Brasil está desenvolvendo. São planos que levam anos".
O Brasil disse estar disposto a aumentar de 1.300 para 2.600 seu número de soldados no Haiti, após a recente decisão da ONU de aumentar para 12.650 os efetivo da Minustah.
Amorim assinalou estar de acordo com o aumento do número de soldados da missão e disse que por enquanto o número pedido pela ONU é apropriado.
"A Minustah não deve ter uma presença ofensiva como se fosse uma força de ocupação", falou o chanceler.
Além disso, negou que os soldados enviados pelos Estados Unidos após o terremoto tenham criado problemas no território. "Falei muito com os comandantes brasileiros (no Haiti) e nenhum deles se queixou (...). Os Estados Unidos estão ajudando e cada grupo tem seu papel", explicou.
Cuba, Venezuela e Nicarágua acusaram os Estados Unidos de enviarem 20 mil soldados para o Haiti com o objetivo de tirar proveito da situação humanitária no país e aumentar sua presença militar na área. Analistas políticos também acusam os EUA de tentar ocupar o país caribenho militarmente visando dar "segurança" para as empresas norteamericanas que enxergam na tragédia haitiana uma fonte de lucros bilionários por causa dos investimentos que este país irá receber para reconstruir as estruturas danificadas pelo terremoto.
Além de Celso Amorim, estão presentes na reunião de Montreal o primeiro-ministro haitiano Jean Max Bellerive, a secretária de estado americana Hillary Clinton, o chefe da diplomacia francesa Bernard Kouchner, e representantes da Argentina, Chile, Costa Rica, Espanha, Japão, México, Peru e Uruguai.
Os funcionários do governo que estiverem no Haiti terão comunicação direta com o gabinete de crise coordenado pelo GSI no Brasil e ajudarão a eleger as prioridades para a ajuda humanitária.
O general Félix também deve receber um relato completo da situação no Haiti e do trabalho dos brasileiros enviados até agora para ajudar nas buscas de desaparecidos e na distribuição de alimentos e de água no país. Quando retornar, o ministro deve fazer um relato do que viu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ajuda brasileira será de R$ 375 milhões
O Brasil está disposto a doar R$ 375 milhões (o equivalente a US$ 210 milhões) em ajuda ao Haiti, mas a reconstrução do país deve ser feita pelo próprio governo haitiano, disse nesta segunda-feira (25) o chanceler Celso Amorim, que participa, no Canadá, de conferência sobre a reconstrução do país devastado pelo terremoto no último dia 12.
Os "países amigos" do Haiti iniciaram nesta segunda-feira uma conferência na cidade canadense para definir um plano de reconstrução do país caribenho, o mais pobre do continente.
Segundo o chanceler, o governo enviou ao Congresso brasileiro uma proposta de pacote total de ajuda ao Haiti de R$ 375 milhões de reais, o que equivale a cerca de US$ 210 milhões.
O valor inclui as doações, os gastos das forças militares com atividades diretamente relacionadas à assistência humanitária no Haiti, e a construção de dez unidades de saúde.
"Trata-se do maior pacote de ajuda internacional já prestado pelo Brasil, e de um montante muito significativo para um país em desenvolvimento como o nosso", disse o ministro, segundo reprodução do discurso no site do itamaraty.
Minustah
Amorim, chanceler do país que envia mais soldados para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), disse que a estratégia geral de uma reconstrução haitiana deve ser "fazer mais e melhor".
"Não é questão de fazer tudo diferente", insistiu. "São projetos que funcionam a longo prazo como, por exemplo o reflorestamento que o Brasil está desenvolvendo. São planos que levam anos".
O Brasil disse estar disposto a aumentar de 1.300 para 2.600 seu número de soldados no Haiti, após a recente decisão da ONU de aumentar para 12.650 os efetivo da Minustah.
Amorim assinalou estar de acordo com o aumento do número de soldados da missão e disse que por enquanto o número pedido pela ONU é apropriado.
"A Minustah não deve ter uma presença ofensiva como se fosse uma força de ocupação", falou o chanceler.
Além disso, negou que os soldados enviados pelos Estados Unidos após o terremoto tenham criado problemas no território. "Falei muito com os comandantes brasileiros (no Haiti) e nenhum deles se queixou (...). Os Estados Unidos estão ajudando e cada grupo tem seu papel", explicou.
Cuba, Venezuela e Nicarágua acusaram os Estados Unidos de enviarem 20 mil soldados para o Haiti com o objetivo de tirar proveito da situação humanitária no país e aumentar sua presença militar na área. Analistas políticos também acusam os EUA de tentar ocupar o país caribenho militarmente visando dar "segurança" para as empresas norteamericanas que enxergam na tragédia haitiana uma fonte de lucros bilionários por causa dos investimentos que este país irá receber para reconstruir as estruturas danificadas pelo terremoto.
Além de Celso Amorim, estão presentes na reunião de Montreal o primeiro-ministro haitiano Jean Max Bellerive, a secretária de estado americana Hillary Clinton, o chefe da diplomacia francesa Bernard Kouchner, e representantes da Argentina, Chile, Costa Rica, Espanha, Japão, México, Peru e Uruguai.
1 comentário:
Já estava farta dos americanos do norte há muito tempo. Hoje estou mais.
Um abraço.
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