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- A crise da Europa e a crise na U.E..
Muito se tem escrito, e mais se tem falado, de crise. Ela seria do euro, da União Europeia, da Europa, de civilização. Mas poucos (para o que preciso era) têm dito que a crise é do capitalismo, enquanto modo de produção e sistema social baseado num determinado tipo de relações sociais. Ou melhor: alguns, e algumas vezes, o terão dito e, nalgumas delas, codificando para escapar à antiga censura e demais repressão ou às novas (e sempre espúrias) censuras e demais repressão. Assim o fez, por exemplo, Abel Salazar, quando em 1942, com o estímulo e apoio de Bento de Jesus de Caraça, publicou na Cosmos A Crise da Europa.
- Dir-se-ia que a questão da crise do/no capitalismo está nas relações sociais predominantes que o sistema impõe, na sua crescente contradição com a vida, e nas formas capciosas de ultrapassar esta contradição, criando ou antecipando novas e mais irredutíveis contradições. Estará - usando economês, ao que se espera acessível... - na divisão internacional capitalista do trabalho (DIcT), em que a força de trabalho é mercadoria (com o constrangimento da correlação de forças na luta de classes), tomando expressões adaptadas ao tempo (histórico) e aos "arranjos" no espaço. Por isso se dirá que a tal "crise da Europa" (que não é "da Europa" mas, agora, da União Europeia) é provocada pela forma como o sistema capitalista, neste tempo, procura organizar o espaço europeu numa divisão internacional europeia do trabalho (DIeT).
- Para isso, se criou, no continente, entre as Estados-nações que o compõem, um agrupamento que vai alargando e aprofundando, com um centro e uma periferia, com as suas competências (ou não-competências) próprias. não a repetir a História mas a aproveitá-la, e usando fórmulas e "esquemas" do tempo do colonialismo e do neo-colonialismo, e servindo-se da "armadilha da dívida externa" dos anos e práticas coloniais, agora "facilitada" (e mais danosa, até suicidária) pela demência da dimensão do capital-dinheiro fictício e creditício. Estratégia que, na "Europa", ou seja, na União Europeia, depressa transformou os ditos Estados membros da coesão económica e social (Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha) em PIGS (traduzível por porcos... e como tal tratados).
Sumário
(sujeito a inevitáveis alterações)
2ª feira – Nota prévia sobre aponta mentes
Europa e U.E.
Quantos são?, por quê e contra quem?
3ª feira – União ou desunião
Meados dos anos 70
A “construção” com periferia
O desaparecimento dos países socialistas
O desaparecimento dos países socialistas
4ª feira – Euro e eurozona
Passo decisivo… para quê?
A “democracia” e as suas contingências
5ª feira – A crise da Europa e a crise na U.E.
A D.I.E.T.
A armadilha da dívida externa
De "países da coesão" a PIGS
De "países da coesão" a PIGS
6ª feira – Os locais menos os muros
As saídas nacionais num quadro global
As massas, a luta e os votos
Sábado – Reflexão pré-voto
As várias candidaturas e “arranjos”
A composição do PE
Domingo – Uma decisão partilhada por milhões
Só!, de cada um… informada/consciente
3 comentários:
Eu também acho que a crise é culpa do capitalismo desesperado pela agonia do fim dos seus dias(que não será tão cedo, infelizmente)
Também aproveito para te dizer que já li o livro que me ofereceste, de que gostei bastante, mas que me criou certas dificuldades.É a minha ignorância em relação à ECONOMIA.
De qualquer maneira foi muito útil a sua leitura.
Um beijo.
Ê verdade.E ê deste jugo colonial das grandes potencias europeias,que temos de nos libertar.Acredito no poder dos povos,que hao-de reconhecer os opressores.Tenho dûvidas se a histôria serâ uma ciencia,mas que nos ensina muito,isso ensina.Penso que o capitalismo,nos estâ a arrastar para uma situacao muito perigosa.
Um beijo
Eles pretendem matar-nos.
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