Valerá a pena (vale
sempre, se a alma não for de reduzidas dimensões…) fixarmo-nos no momento da
chegada da regata.
Da embarcação que arribou
à meta em 1º lugar, saltou logo aquele que vinha à proa e, tal como o homónimo
que de Assis também seria, ainda com o pé na beira-mar desatou a falar aos
peixinhos e às avezinhas e a todos os animais que o quisessem (ou não) ouvir. A
troar, cheio de prosápia, vitória e boas novas e “novo ciclo” (ou circo?…).
Dali partiram, ele e os
seus, e mais os mais próximos, e mais os nem por isso, para um hotel qualquer,
ou sítio parecido, para beberem as taças de champagne devidas aos vencedores, e
para erguerem os braços e dedos e se darem muitos abraços uns aos outros.
No entanto… no entanto com
latentes e crescentes dúvidas porque, esquecidos de olhar para trás na hora da
meta, pouco cuidaram dos avanços sobre os que os seguiram. E menos ainda teriam
cuidado do que ainda estava para dar à Costa, após o termo da regata. Mas
podiam, ou deveriam ter tido esse cuidado, ou se calhar cuidaram e, por isso
mesmo, se quiseram antecipar aumentando com estereofonia o que lhes faltava em
rigor e certeza de (ou do) sucesso. O facto é que nada travou o intragável,
perdão, o intravável ou intratável. Aliás, para os mais desconfiados, tudo isto
não passa de uma grande (en)cena(ção).
Depois do que veio
acostar, esperava-se a cartada a jogar por quem deixou de se sentir seguro. E, logo além, quis
mostrar as suas primícias, perdão, primácias, perdão, primárias. Cujas, pelo
menos, nos fazem a todos especar para ver se se percebe o que são, ou o que serão
se forem alguma coisa.
Iremos – todos! – ser convidados
a votar para escolher quem deverá ser o candidato a primeiro-ministro pelo PS?
É isto?
E eu a julgar que não
se votava para primeiro-ministro, que, constitucionalmente, apenas se votava
para os candidatos do meu distrito a deputados na Assembleia da República!
Em que País vivo eu?!
Ou, prefiro…, em que país vive certa gente deste País?! Sim porque se coincide
o país deles com o País nosso, dá-me cá uma tristeza que vou para Pasárgada.
2 comentários:
Realmente não eleição para 1º. ministro, mas estes querem imitar os seus patrões americanos seja como for.
Que história tão bem contada, até porque tão bem mostra quanto aquela gente é ridícula, para além de tudo o mais. Parabéns.
Um beijo.
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