segunda-feira, setembro 03, 2018

Atenção ao Brasil - 1

Somos inundados de "informação". Que bom seria que fosse informação! Há que procurá-la. Há que descobrir o trigo que pode estar escondido pelo joio que nos inunda. Há que informar-SE!
Por (e para) exemplo sobre a América do Centro e do Sul, sobre a das traseiras dos Estados Unidos da América do Norte. Por (e para) exemplo sobre o Brasil. O joio é muito e de variada espécie. Mas há basto trigo. Até porque a língua é a mesma...
Estávamos nestas elo(u)cubrações, quando da estante próxima (e muito esquecida) nos piscou o olho um livrito editado em 1973. 
Fomos folheá-lo como quem pede ajuda à própria e pequenina história. E recordámos que... antigamente (há 45 anos!) eram a censura e a apreensão de publicações o que, hoje, tem muito mais sofisticadas formas e meios de condicionar a comunicação.
Mas, mas continua a ser muito importante ter Atenção ao Brasil! Como em 1973, ou em 2008. E hoje.  

DOMINGO, AGOSTO 10, 2008

A Prelo Editora - 19

Algumas edições, como já aqui se disse, não se integravam em colecções. Por razões várias.
A deste livro talvez mereça ser contada. Se calhar, como todas. Mas esta foi vivida pelo (a)post(ador).
Sendo colaborador da "economia" do Diário de Lisboa, a direcção do jornal propôs que acompanhasse uma missão do Fundo de Fomento de Exportação ao Brasil, em Abril de 1973.
Eram oito dias, e tudo foi possível. Oito dias, repartidos por Rio de Janeiro e São Paulo. Vividos intensamente. Escrevendo muito, tendo de telefonar uma ou outra notícia, mandando o material mais "pesado" por correio. Nem nets, nem mails, nem "correio azul"...
No regresso, pouca coisa tinha sido publicada, e muita não tinha sequer chegado e não chegaria a chegar (e não por culpa dos CTT...). Além disso, algumas coisas mais "leves" (conversinhas) colocadas no Notícias da Amadora, e que neste sairam, mereceram comentários menosprezadores do género "foi este fulano ao Brasil para vir contar coisinhas destas, de japonesas de perna gorda..." .
Em reacção, quase em desafio, resolvi publicar tudo o que publicado não fora. Em livro. Neste:
As razões foram explicadas num preâmbulo (que terminava «Aqui está o que quero que esteja.»), e tinha mais quatro páginas de anexo que começava assim: «Já com todo o "material" entregue na tipografia, enquanto aguardávamos as provas deste livro, aconteceu o golpe militar, o "putch" chileno. Este acontecimento histórico é daqueles perante os quais as pessoas se definem. (...)». Por isso, sublinhei referências à "Escola Superior de Guerra" do Brasil, conhecida na América Latina pela "Sorbonne brasileira", e ao "plano Alfa" elaborado pelo Pentágono, e com o muito do que se observara e escrevera nesses oito dias mais jus fazia aquele título Atenção ao Brasil!
(a capa é de um jovem brasileiro, TÓPIN, que, então, trabalhava no DL... que será feito dele?)

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