12-13.01.2021
Voltei aos dias a pares?,
ou ampar(elh)ados em quase-diário?
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Parece que sim… o facto é
que, ontem ao serão, no final do debate a 7 (ou 6 + o
Marcelo-de-máscara-e-tudo), não me apeteceu nada comentar (não disse
reflectir, sublinhe-se… que isso não está à mercê de humores) nem fazer o
diário do dia.
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Mas hoje está a apetecer-me
escrever qualquer coisa – pequena que seja – sobre o dito debate a 7, que foi
um ver se te avias… como é que havia
de ser?
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A pequenina (!?) questão é
sobre o que é e o que não é ideológico.
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Partindo de que se pretende,
às escancaras ou à sorrelfa, consensualizar que é ideológico dizer que a
Constituição define o direito à saúde (universal e tendencialmente gratuito).
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Que é ideológico citar a
Constituição da República Portuguesa (depois de todas as 7 revisões) e repetir que “todos têm direito à protecção da saúde e o
dever de a defender e promover” e que “O
direito à protecção da saúde é realizado através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as
condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito”.
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Em contrapartida já não será ideológico (por
enquanto…) dizer que “a vida humana é inviolável”,
como não será ideológico dizer que os privados gerem melhor que o Estado
(veja-se a banca, por exemplo), e que a concorrência garante o fim das
desigualdades…
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Ora toda a História prova o
contrário (desde que, naturalmente, não seja “a crónica dos poderosos”, isto é,
ideologicamente escrita).
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Suponhamos um aquário (ou um
oceano) com peixes graúdos, peixes médios e peixes miúdos e deixemo-los em
livre concorrência e veremos que desigualdades vão acabar… na maioria dos casos
com a extinção dos peixinhos mais pequeninos, coitadinhos… valha-lhes a caridadezinha.
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Anatematize-se a ideologia
dos colectivismos, do interesse geral a prevalecer sobre os interesses
pessoais, de grupo, de classe… salvaguarde-se a ideologia dos que se afirmam
sem ideologia.
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Deixando-me de metáforas,
apenas lembro (para uso interno) que, no que respeita a saúde, o capital
só investe na área desde que possa, ou preveja que possa – legalmente ou não
pode não vir ao caso – reproduzir-se alargadamente mais e mais rapidamente no
negócio da doença (muito valorizado com a extensão do tempo de vida ao nascer
das populações) do que em outra área vizinha ou próxima, ou pura e simplesmente
especular financeiramente, na Bolsa ou na Vida.
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Por aqui me fico, porque não
estou para grandes conversas… nem comigo.
(...)
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2 comentários:
Comentar será ideológico, mas assinar será a liberdade e independência.?. Assim se jornaliza e debate.
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Votos de boas reflexões
Defender o direito à saúde como um direito humano faz parte de uma ideologia de esquerda,o contrário não está desideologisado (nem sei se a palavra existe),embora nos queiram convencer da ideia de direita que a saúde é um negócio.Como sempre não faltou a pontinha de humor neste quase-diário bem ideológico.Bjo
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