sábado, junho 16, 2007

Sem intuitos especulativos...

As Bolsas foram criadas, segundo se dizia e ensinava nas escolas, para serem o lugar onde se faz o encontro de quem quer comprar ou vender com quem quer vender ou comprar mercadorias ou títulos de valores mobiliários, através de operações financeiras que materializam as transacções.
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Usar esse lugar para especular (auferir lucros ilícitos, diz o dicionário...) é fazer das Bolsas... lugar de especulação.
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Assim se cria artificialmente riqueza, ou melhor: não se criando riqueza (valores de uso) transfere-se de umas para outras mãos a riqueza criada.
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E é, sempre, ao fim das contas, transferência das mãos de quem produziu para as de quem especulou, por ter passado a dispor de mais capital na forma dinheiro.
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Que haja quem ganhe dinheiro na Bolsa comprando e vendendo mercadorias ou títulos de valores imobiliários, e sem outra intenção que não seja a de comprar e/ou vender mercadorias e títulos de valores imobiliários, é outra coisa...
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Embora, por vezes, as fronteiras se ultrapassem quase sem se dar por isso.
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E o que o especulador faça com o produto da especulação não releva a ilicitude da especulação.
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Desculpa-se o especulador pela aplicação que o especulador dá ao produto da especulação vendo-se em todos os especuladores (maxime, em todos os exploradores) potenciais Robins dos Bosques ou Zés do Telhado?
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Roubam-se milhões aos trabalhadores, dão-se milhares a obras de caridade... e ganha-se o céu?

1 comentário:

miguel disse...

e quanto mais tiveres, maior a tua quinta no paraíso. ;)

ou o vaticano não joga na bolsa?