quinta-feira, novembro 06, 2008

As eleiçóes nos Estados Unidos

Já que destas eleições aqui tenho falado (mais transcrito que escrito), aqui vai:

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP

A gigantesca operação produzida a propósito das eleições presidenciais nos EUA não pode ser desligada da actual crise do capitalismo - que tem tido particular expressão nos EUA - e das várias tentativas em curso que procuram reabilitar o sistema capitalista e o papel da potência hegemónica que os EUA constituem no plano internacional.
Não ignorando diferenças entre os candidatos republicano e democrata, a verdade é que ambas as candidaturas não disfarçam o seu vínculo a um projecto de dominação no plano económico, ideológico e militar do mundo.
Para o PCP a eleição de Barack Obama como presidente dos EUA está longe de corresponder às expectativas que a gigantesca campanha mediática mundial procurou criar para construir a ilusão de uma mudança e de uma viragem na política dos EUA e do seu papel na esfera internacional.

7 comentários:

samuel disse...

Que coisa!...
Sempre contra tudo, sempre contra tudo... que contratempo! :-)

Abraço

Anónimo disse...

As montanhas tambem costumam parir ratos, será o caso?
Abraço

Anónimo disse...

Enquanto as eleições forem como são para aquelas bandas só saem produtos dos capitalistas. Ou porque é que estes apoiam finaceiramente esta gente?!... A media de lá e decá falaram dos outros candidatos?!... É o falas!.. Moita carrasco.

cristal disse...

A única coisa boa que pode concluir-se destas eleições americanas é que o povo americano se mostrou claramente a favor de uma mudança. Que a mudança venha do eleito é outra conversa. Mas foi criada uma grande expectativa e um dia o "feitiço" da demagogia pode virar-se contra o feiticeiro... sobretudo porque a crise não tem soluções mágicas.

Anónimo disse...

Ainda o candidato não tomou posse e o PCP já lhe está a escrever o obituário politico.Nem a extraordinária mobilização que a sua candidatura provocou no povo americano,nem a alegria dos afro-americanos que sentiram aquilo que nós brancos talvez não consigamos sentir por sermos brancos,nem a esperança que renasceu em todos aqueles e aquelas que festejaram toda a noite,impressionou quem se dedicou a escrever esta nota do PCP á imprensa.

Sérgio Ribeiro disse...

Qie insensíveis somos para a Catarina Gouveia! Se calhar sentimos isso tudo que a Catarina sente, mas temos outra coisa: estamos na corrente da História e prevenimos para desilusões. Que nada pior há em política que a sucessão ilusão-desilusão qque adia a tomada de consciência!
Que Obama não é Bush ou o outro, que, além das ilusões há que lutar e ter esperanças nas condições novas é uma coisa, outras bem diferente é apostar no aprente e não ver e analisar as posições, que não denunciar as já afirmadas continuidades no que é essencial, outra ainda deixar-se embalar na informação manipulada. Já curou de confirmar, com números, como se traduziu essa "apregoada excepcional mobilização de eleitores" relativamente à eleição anterior? Informe-SE não consinta que apenas A informem!
Saudações

Anónimo disse...

A luta pelos direitos civicos nos EUA fez muitas vitimas e ceifou muitas vidas.Ainda há bem pouco tempo,porque o tempo da história é diferente do tempo das nossas vidas,os negros não tinham sequer direito a voto.Há quarenta anos foi assassinado Luther King,mas a luta pela realização do seu sonho continuou e vai continuar,mas não deixa de ser importante que o povo americano passado tão pouco tempo tenha dado o seu voto a um negro para Presidente dos Estados Unidos.Foi uma ilusão que passou a ser uma realidade.Quanto á forma como o candidato Obama vai cumprir o seu mandato vou esperar para ver.Dou-lhe o beneficio da dúvida,com a herança pesada que recebeu vai ter muito trabalho para fazer.Quanto ás recomendações sobre a informação e desinformação agradeço,mas tenho sempre feito os possíveis por beber em várias fontes.Saudações