quinta-feira, novembro 27, 2008

Justificações e explicações...

Criei (sobretudo para mim próprio) a rotina de vir aqui comentar algumas coisas da realidade. Estou a sentir-me ultrapassado... Ao mesmo tempo que há tanto e tanto para comentar, o tempo para o fazer encolheu quase diria drasticamente. Não "chego para as encomendas"... e sinto uma enorme falta dos comentários.
Fernando Paulouro, na tão amiga apresentação do meu livro no Fundão, disse que eu sou "um homem que explica as coisas", e saltou-me, na resposta, que o faço por prazer e por me parecer que é a explicar que mais se aprende. Estou com pouco tempo para aprender! Não pode ser.
Mas aqui estou a explicar (a explicar-me) a ausência de comentários para que tanto me está a convocar esta realidade que estamos a atravessar. Ou esta realidade que nos está a atravessar.
Para deixar um único comentário, nesta vertiginosa passagem por aqui (logo volto...), apenas digo que sei que este gosto e desejo de explicar as coisas nunca me levará à inexplicável situação de sentir necessidade de vir explicar o que não tem explicação, porque nunca me verei na situação do cidadão em funções de Presidente da República.
E, explicando-me melhor, apenas acrescento um dito popular: diz-me com quem andas... Já agora, porque mais minuto menos minuto já estou atrasado, talvez mais adequado seja um outro: com amigos (e conselheiros) destes, o Exmo. Senhor Presidente da República não precisa de inimigos.
O pior é que tudo isto se reflecte na ideia que se forma e confirma da chamada "classe política" e, por isso, na credibilidade da democracia.

9 comentários:

Maria disse...

Pois...
(já sabes o que quer dizer...)

Até mais logo!

samuel disse...

A descredibilização da democracia, da actividade política e dos políticos (são todos a mesma coisa!), vai-nos saír ainda mais cara do que a reposição do dinheiro que vão roubando ao país.

mdsol disse...

Foi exactamente assim que comentei no meu canto: diz-me com quem andas... Bem sei que as sínteses que se fazem da sabedoria popular são assaz contraditórias, mas, ainda asim...acho que o ditado se aplica e é certeiro. É que também se "peca" por omissão!
:))

Anónimo disse...

Então demos a palavra a Vieira:
Padre António Vieira: Locutus est mutus.

Justine disse...

Sigo ipsis litteris a eloquência da Maria: pois!!
Diria até mais: Pois!Pois!

GR disse...

Sérgio,
Na realidade és "um homem que explica as coisas" e muito explicitamente.
Esta história do BPN, como qualquer outra no país, tem sempre muitos contos pelo meio. Confusão total!
Vou fazer uma pergunta, para mim complexa ou sou eu que estou a misturar tudo ou então, muita coisa não está a ser contada.
Desculpa, não sei se vou ser explícita.

Bjs

GR

GR disse...

José Sócrates disse: “Não existe um depósito de 500 milhões de euros da Segurança Social. O que há é uma conta aberta no BPN desde 1999», respondendo ao Bernardino Soares depois deste o ter confrontado na AR, com o depósito feito pela Segurança Social no BPN, no valor de 500 milhões de €, sendo uma vergonha para o Governo, pois brincaram com o dinheiro dos trabalhadores.

Se nos reportarmos ao ano 99, verificamos que, havia desde esta data uma conta aberta no BPN, não disse o montante.
Ferro Rodrigues era, Ministro da Segurança Social
Vieira da Silva era, Secretário de Estado da Segurança Social
(Guterres era 1º ministro, seguindo-se Durão)

No meio de tudo isto (BPN) está a SLN (Sociedade Lusa de Negócios)
Sabendo-se que o PR Cavaco Silva (até 2003) foi um dos accionistas, assim como a filha (na época nora de Dias Loureiro).

A que conclusão devo eu chegar?

A nacionalização quererá ocultar, o que o Povo não deve saber? mas tem que pagar?

GR

Anónimo disse...

Será que o Cavaco trabalha aos dias para o Loureiro?

Anónimo disse...

O culpado do costume
00h20m

Os advogados Coito e Tranquada, deputados da respeitável associação política que dá pelo nome de PSD Madeira, vieram esclarecer clientes, amigos & povo em geral que não têm, nem nunca tiveram, nada a ver com o BPN. Se percebi bem, houve só qualquer coisa relacionada com umas instalações. Por mim, estou esclarecido e continuarei a depositar total confiança em Coito e Tranquada.

O presidente da República também já informou o país de que não tem nada a ver com o BPN. Dias Loureiro, como se sabe depois ter ido à RTP e de o ter jurado "solenemente" em Belém, é quem menos tem a ver com o BPN. O próprio Oliveira e Costa, apesar de preso, já terá garantido ao Ministério Público (estou a violar o segredo de justiça mas é por uma boa causa) que nem sequer sabe o que é o BPN e que a primeira vez que ouviu falar de tal coisa foi quando a Polícia lhe bateu à porta. Verifico, inquieto, que sou o único português que tem alguma coisa a ver com o BPN. De facto, há um balcão do BPN a 20 metros de minha casa e já lá fui ao Multibanco, pelo que começo a temer que seja eu quem vai pagar as favas do escândalo.
no JN por António Pina