A triste conferência de imprensa ou a conferência de imprensa dos tristes trastes

Teve o seu quê de cerimónia fúnebre fúnebre. Era uma mesa de gente triste.

Não convenceram ninguém. Ouvir Vitor Gaspar (e, noutro espaço e estilo, aquele Moedas de troikas) chegou a ser confrangedor. Estarão eles convencidos? Se acaso estão... isto é, com um fundo, uns restos de boa fé, se não é tudo encenação ideológica, é caso para dizer que estão obstinados, na fronteira (não sei de que lado) do doentio.

Não convenceram ninguém. Nem os seus. E houve um comentador, que se pretende estritamente técnico e tem nome de "poeta militante", que avançou com uma interpretação interessante: havia dois pacotes de austeridade para continuar este desgraçado caminho. Um, o da TSU, outro, escondido, este agora apresentado e reforçado para compensar o da TSU. É bem visto e bem resumido.

Só mais um apontamento, que também parece curioso. A membro feminina daqueles tristes trastes foi encarregaada de uma respostas, sobre as empresas públicas. Esclareceu com um contributo para a compreensão do que nos estão a querer fazer. Como não podem baixar a despesa com o pessoal dessas empresas como tinham projectado, vão despedir mais e, assim conseguirão o mesmo efeito de baixar essa despesa pública. Por isso, reviram em alta a já altíssima taxa de desemprego.

Agora, vamos ouver o que se dirá na discussão das moções de censura. Particularmente daquela bancada de oposição violentíssima... e que se recusa a ir a reboque de seja de quem for... à sua esquerda!