Desde 6ª feira é como se me tivesse metido numa máquina de correr tempo e espaço e entrado num outro mundo. Sai de Ourém, do meu cantinho, e não foi para ir a Lisboa ser mais um a dizer basta!, a encher as ruas, sem violência mas determinadamente contra as margens violentas que nos querem oprimir, nem para ir a um encontro com amigos e camaradas tentar explicar e ouvir explicações sobre as causas do que está a acontecer em Portugal e no mundo. Entrei num "outro mundo", vim colaborar na homenagem a um amigo, embeber-me de solidariedade e cultura, conviver. Mas os mundos", se diferentes são ou tão diferentes parecem, estão interligados, têm pontes. Em Lamego, acompanhei o que ia acontecendo no mundo que aparentemente deixara, fui solidário à distância que as notícias que ia espreitando nos intervalos daquilo em que ia participando, E, quase sem dar por isso, ao ouvir um jovem do ensimo secundário a dizer, de uma forma excelente, um poema de luta, ao conversar com ele e com colegas, ao ouvir a sua estranheza pelo que lhes contei, de fugida, da luta, das prisões, do que é ser comunista, da luta que continua e que eles - sem o saberem - estão a fazer, senti-me no meu (e único) mundo. Neste que é nosso e que temos de mudar. Como diziam os jovens na conversa que temos de continuar. Como eles e eu dissemos querer continuar. Com abraços de até logo, amigos.
Continuaremos. Hoje, amanhã, sempre que possível. E fazendo com que possível seja.
6 comentários:
Muito bem, camarada Sérgio. Muita juventude nem sequer conhece a luta de todos os que permitiram o nosso maravilhoso 25 Abril.
Mas eu acredito nos jovens e sei que ,se esclarecidos, estarão do lado da justiça e da verdade e de quem nunca traiu e até morreu por esses ideais.
Um beijo.
Os jovens andaram tão distraídos que nem perceberam que o mundo deles estava a ruir, felizmente alguns vão agora percebendo de que lado está a razão e vão-se encontrando connosco a quem é preciso ir incentivando e alimentando a esperança de que vale sempre a pena lutar !
Um abraço
Boa semana
Quando se armazenou tanta solidariedade e experiência é inesgotável o que há dentro de nós para dar.
Continuaremos com a juventude.
Não deixar a nascente secar...
Abraço.
E ainda hâ tanto por lavrar,camarada.Os ventos sao tao adversos,mas espero assistir ainda ä sua mudanca e,"o amor como um rio inundar as alamedas"
Bjo
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