Não era a intenção. Mas, neste tempo de intervalo antes de partir para o almoço na Marinha Grande com o secretário-geral, com o camarada Jerónimo de Sousa, como acto singelo de militante em luta, ao passar numa estante, este livro como que me "piscou o olho"
Quantas recordações! Só ao olhar para esta capa, com a foto do comício final na Marinha Grande, no pavilhão da Embra, onde fui depois de uma intervenção no cine-teatro na Caldas da Raínha, numa correria por estradas sem auto-estradas. Esta cara, estas mãos... de Vieira de Leiria!
E o livro?, o repositório de uns dias, umas semanas de intenso trabalho colectivo e fraterno, mobilizador e entusiasmente. E as estórias à volta dele, da sua impressão, "arrumado" o texto para sair logo a seguir às eleições, se possível ainda em Outubro de 1969, para desmemtir a falácia das "eleições livres", marcelistas e em renovação, e o próprio livro a ser testemunho do que se queria provar: primeiro, de tipografia em tipografia, até se conseguir que uma, corajosamente, o imprimisse, e saísse já em Abril de 1970, para logo depois ser apreendido! Quantas estórias...
Fica, por agora, apenas o curto texto A abrir para o justificar:
A luta continua!
contínua!
7 comentários:
Uma vida de Resistência e Luta muito difícil, ainda um dia nos poderás relatar, esses momentos inesquecíveis.
GD BJ,
GR
Que grande camarada e lutador tu sempre foste!!!!! Admiro-te muito!!!!
As eleições de 1969 ocorreram num bom momento da minha vida e dexaram-me satisfeita porque votei pela pimeira vez, pessoalmente, na minha oposição. No Porto, CDP.
Nas de H.D. não votei por ter nascido uma filha minha.
Como tu dizes a luta continua, contínua, dura, mas até à vitória final.
Um beijo.
É essa vida de luta contínua que nos guia.
Abraço,
mário
Não se ter nascido ontem... traz algumas "vantagens" para compensar as dores. :-)
Abraço.
No dia dessas farsas eleitorais estava eu internado no Hospital da Estrela. Nesse dia ninguém podia entrar ou sair no hospital. Até a então minha namorada, agora a repousar eternamente, que era enfermeira no mesmo hospital foi proibida de entrar no meu quarto.
Quero acrescentar que a minha enfermeira nos deixou no Campo Pequeno no decorrer do último Congresso do PCP. Em nome dela a luta continua.
Porque viveste,e queres contar as vivencias que orgulham o nosso partido.Obrigada camarada.
Antua,a camarada que morreu no ûltimo Congresso,estava mesmo ao meu lado.Ê uma imagem que me visita muitas vezes.Sô soube da sua morte,no Avante,
Beijo
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