quarta-feira, outubro 03, 2012

Logo depois de “ouver” – alguns comentários... sublinhando o “elogio da dialéctica”


O ministro das finanças informou o País.

“A quente”, isto é, sem prejuízo de melhor análise (do dito e do mostrado em gráficos) e de reflexão, alguns comentários:

1. Tudo teria corrido como previsto apesar nada ter corrido como se disse esperado;

2. Tudo estará a correr satisfatoriamente e em progresso (como nunca na História do País!) apesar do que andou para trás e de os esforços terem de vir a ser maiores;

3. Estariam a alcançar-se todos os equilíbrios desejados não obstante estar tudo cada vez mais desequilibrado;

4. Qual o significado do verbo devolver?, a quem foram roubados dois meses vai só roubar-se um?;

5. O aumento enorme (disse ele...) de impostos será sobretudo no IRS, pelo escalonamento de 8 para 5 escalões e novas taxas, passando a taxa média de 9,5 9,8% para 11,8 13,2%, o que quer dizer aumento de 24,2 34,7%;

6. Haverá uma sobretaxa de 4% sobre os rendimentos;

7. Em contraste com os números até às décimas de percentagem adiantados sobre as taxações aos trabalhadores, aos pensionistas, aos rendimentos, relativamente ao imposto sobre transações financeiras (sobre a especulação) o governo irá… pedir para ser autorizado a "pensar nisso" durante o exercício (é verdadeiramente escandaloso o contraste!);

8. Quanto à revisão do cenário macro-económico apresentado em 11 de Setembro (estamos a 3 de Outubro!) saliente-se a passagem da taxa de desemprego de 16% para 16,4% (pressupõe-se da população activa) e a taxa de emprego de -1,2% para -1,7%, com realce para o desemprego jovem… e, espantemo-nos..., por culpa de não terem sido aprovadas as medidas sobre a TSU!!!

9. 2014 será de consolidação da despesa, referindo o ministro em particular a educação;

10. Por último, em resposta a algumas perguntas, a uma relativa a como viverão os portugueses em 2013, se melhor se pior que em 2012, o ministro deu uma resposta compósita, porque colocou várias situações, e teve o desplante de dizer que os portugueses estarão melhor em 2013 do que estariam se a receita anterior (a da TSU) tivesse ido por diante, ou seja, ficarão melhor do que ficariam se tivessem ficado pior!

7 comentários:

Antuã disse...

Não consegui ouvir o monstro. Mas tuencarrgaste-te de nos informar. o "homem" é isso mesmo, um lacaio do capitalismo internacional.

trepadeira disse...

Aquilo deve ser algo com as pilhas,ou com os contactos,do lacaio "robot".
Ou saem pela porta do cavalo,ou pela janela.

Um abraço,
mário

Justine disse...

Posso usar vernáculo para dizer o que me vai na alma?, Não? Então vou vomitar lá para fora!!!

cid simoes disse...

Mãos à obra!

Anónimo disse...

75% dos impostos arrecadados pelo estado ao qu'isto chegou,são tirados aos Trabalhadores.E a percentagem da distribuição de riquezaque cabe à contradição fundamental Trabalhadores/patronato?

samuel disse...

Esta gente não presta!

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Gostei desta tua análise à comunicação do tal das finanças!!!
Que vai ser dos que apenas têm como rendimento o seu pequeno salário e isto se estiverem empregados? Melhor ainda, o que vai ser de todos nós?
A luta terá que continuar cada vez com mais força!!!!
"Até ao dia das surpresas"! Onde é que eu li isto?

Um beijo.