SÍRIA CONFLITO
Síria envia convite à OPAQ
para que averigue suposto
ataque químico
EFEBeirute10 abr 2018
A Síria enviou um convite à Organização
para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) para que uma equipa dos seus
investigadores visite a cidade de Douma, nos arredores de Damasco, onde houve
denúncias do seu suposto ataque químico no sábado.
Uma fonte de alta categoria do Ministério
sírio dos Negócios Estrangeiros disse à agência de notícias oficiais SANA que o
convite foi enviado "em resposta à campanha de difamação lançada por
vários Estados ocidentais contra a República Árabe da Síria sobre o suposto uso
de armas químicas na cidade de Douma".
Além disso, explicou que o convite foi
enviado através dos representantes permanentes do país árabe em Haia, cidade
onde a OPAQ tem a sua sede.
"A Síria afirma a sua determinação
para proporcionar toda a ajuda necessária com o objetivo de que a missão (da
OPAQ) faça a sua operação e desenvolva o seu trabalho de forma totalmente
transparente e sobre provas concretas e credíveis", ressaltou a fonte.
A fonte ressaltou a disposição do
Governo sírio a cooperar com a OPAQ para descobrir a verdade sobre o ataque,
"cujas denúncias foram promovidas por algumas partes ocidentais para
justificar as suas intenções agressoras a fim de servir os seus objetivos
políticos".
A fonte síria reiterou a condenação
"contundente" do país para o uso de armas químicas por qualquer lado
e sob qualquer circunstância e lugar.
Desde Genebra, várias agências da ONU,
entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório de Coordenação
Humanitária (OCHA), denunciaram hoje que não tinham podido verificar as
informações sobre o suposto bombardeamento químico em Douma devido à falta de
acesso.
A OPAQ informou ontem que tinha estado a
acompanhar de perto o incidente e que tinha feito uma análise preliminar das
informações sobre a suposta utilização de armas químicas.
A Sociedade Médica Síria Americana
(SAMS, a sua sigla em inglês) e a Proteção Civil da Síria, ambas organizações
apoiadas pelos EUA, asseguraram que pelo menos 42 pessoas faleceram no sábado
com sintomas de terem sofrido um ataque com substâncias tóxicas.
Nenhuma outra fonte confirmou que se
tenha tratado de um bombardeamento com armamento químico, e tanto Damasco como
Moscovo negaram o uso deste tipo de armas em Douma.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos
Humanos, pelo menos 21 pessoas pereceram nesse dia por asfixia mas como
resultado da "derrubada dos edifícios" nos quais se encontravam.
O presidente americano, Donald Trump,
prometeu ontem à noite responder "contundentemente" ao suposto ataque
químico e avançou que tomaria uma decisão em breve.
2 comentários:
Além de tudo o mais este imperialismo criminoso não tem imaginação - pois esta é uma história já usada em outras ocasiões, e nessas ocasiões confirmada a sua falsidade!
À semelhança das armas de destruição em massa,se o império e seus aliados decidiram,está decidido!É o vale-tudo para servir de pretexto.É Histórico .O Macron,ouvi hoje,"tem provas" do tal químico.(aonde é que eu já ouvi isto,embora com mudança de figurão?)Bjo
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