quinta-feira, abril 12, 2018

Da EFE - Agência de Notícias de Espanha


SÍRIA CONFLITO
Síria envia convite à OPAQ 
para que averigue suposto ataque químico
EFEBeirute10 abr 2018



A Síria enviou um convite à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) para que uma equipa dos seus investigadores visite a cidade de Douma, nos arredores de Damasco, onde houve denúncias do seu suposto ataque químico no sábado.
Uma fonte de alta categoria do Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros disse à agência de notícias oficiais SANA que o convite foi enviado "em resposta à campanha de difamação lançada por vários Estados ocidentais contra a República Árabe da Síria sobre o suposto uso de armas químicas na cidade de Douma".
Além disso, explicou que o convite foi enviado através dos representantes permanentes do país árabe em Haia, cidade onde a OPAQ tem a sua sede.
"A Síria afirma a sua determinação para proporcionar toda a ajuda necessária com o objetivo de que a missão (da OPAQ) faça a sua operação e desenvolva o seu trabalho de forma totalmente transparente e sobre provas concretas e credíveis", ressaltou a fonte.
A fonte ressaltou a disposição do Governo sírio a cooperar com a OPAQ para descobrir a verdade sobre o ataque, "cujas denúncias foram promovidas por algumas partes ocidentais para justificar as suas intenções agressoras a fim de servir os seus objetivos políticos".
A fonte síria reiterou a condenação "contundente" do país para o uso de armas químicas por qualquer lado e sob qualquer circunstância e lugar.
Desde Genebra, várias agências da ONU, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Escritório de Coordenação Humanitária (OCHA), denunciaram hoje que não tinham podido verificar as informações sobre o suposto bombardeamento químico em Douma devido à falta de acesso.
A OPAQ informou ontem que tinha estado a acompanhar de perto o incidente e que tinha feito uma análise preliminar das informações sobre a suposta utilização de armas químicas.
A Sociedade Médica Síria Americana (SAMS, a sua sigla em inglês) e a Proteção Civil da Síria, ambas organizações apoiadas pelos EUA, asseguraram que pelo menos 42 pessoas faleceram no sábado com sintomas de terem sofrido um ataque com substâncias tóxicas.
Nenhuma outra fonte confirmou que se tenha tratado de um bombardeamento com armamento químico, e tanto Damasco como Moscovo negaram o uso deste tipo de armas em Douma.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 21 pessoas pereceram nesse dia por asfixia mas como resultado da "derrubada dos edifícios" nos quais se encontravam.
O presidente americano, Donald Trump, prometeu ontem à noite responder "contundentemente" ao suposto ataque químico e avançou que tomaria uma decisão em breve.

2 comentários:

Justine disse...

Além de tudo o mais este imperialismo criminoso não tem imaginação - pois esta é uma história já usada em outras ocasiões, e nessas ocasiões confirmada a sua falsidade!

Olinda disse...

À semelhança das armas de destruição em massa,se o império e seus aliados decidiram,está decidido!É o vale-tudo para servir de pretexto.É Histórico .O Macron,ouvi hoje,"tem provas" do tal químico.(aonde é que eu já ouvi isto,embora com mudança de figurão?)Bjo