do (quase)diário:
Duas súmulas de informação lidas no avante!
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Outra, sobre outro “truque” barato e fácil de que ainda
não se terão apercebido que começa a não pegar, apesar das ondas de fumos mediáticos,
da avalanche de “fake news”: o dos “heróicos democratas” que são “duplos” de terroristas
se necessário descartáveis, e das “armas químicas”.
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- Edição Nº2317 - 27-4-2018
Armazenar
Armazenar é um verbo transitivo que significa «recolher em armazém,
depositar, conservar, reunir». O termo aplica-se a qualquer produto
independentemente do estado em que se encontra (sólido, líquido ou gasoso), que
como todos os produtos armazenados é susceptível de interagir/reagir a acções e
acontecimentos externos. A água num depósito, por exemplo, derrama-se e
perde-se no solo se o seu recipiente se partir. Se o reunido forem tijolos,
muitos se quebrarão na derrocada, dependendo da força do impacto. E se for um gás?
Sendo os gases compostos moleculares que se caracterizam pela grande capacidade
de se expandirem, não é difícil perceber que a destruição da embalagem os
libertará, levando a que se espalhem livremente.
Vêm estas considerações
óbvias a propósito dos ataques de 14 de Abril levados a cabo pelos EUA,
Inglaterra e França, em retaliação ao suposto ataque químico a
Douma, contra três alvos alegadamente relacionados com a produção e
armazenamento de armas químicas e biológicas na Síria: um laboratório que segundo
nos disseram seria usado para a «investigação, desenvolvimento e testes», perto
de Damasco; um depósito onde estavam armazenadas as principais reservas
de gás sarin (sublinhado nosso), em Homs; e um armazém e «importante
centro de comandos» na mesma cidade. Os locais atingidos, veio informar o
incontornável Observatório Sírio dos Direitos Humanos, estariam ligados ao
Instituto de Estudos Científicos e Centro de Investigação, a entidade que a
troika retaliadora acredita ser o centro de produção de armas químicas do
governo de Bashar al-Assad.
As manifestações de
apoio a estae agressão não se fizeram esperar, Portugal incluído. O Governo e o
Presidente da República disseram compreender as razões que levaram ao ataque,
sublinhando o facto de os bombardeamentos terem sido feitos por «três países
amigos e aliados de Portugal» que é uma curiosa forma de dizer que os inimigos
dos meus amigos meus inimigos são, mesmo que não saiba porquê...
Deixando de lado todas
as incoerências e cegas «certezas» com que a comunicação social nos bombardeou
nos últimos 15 dias a propósito deste assunto, uma questão me atormenta sem que
vislumbre no horizonte, já não digo uma perspectiva de resposta, tão só a
formulação da pergunta elementar: o que é que aconteceu ao gás
armazenado depois de os armazéns levarem com não sei quantas bombas em
cima, que como garantiram os senhores que sabem destas coisas «atingiram com
sucesso todos os alvos»? Sumiu-se? Evaporou-se? Escafedeu-se? Sem
consequências? Sem as vítimas que é suposto causar quanto o «ataque» é do
governo sírio? Nem uma intoxicação para a gente ver?
Às voltas com este
mistério, recorro de novo ao dicionário, amigo de confiança, e lá descubro que
em sentido figurado armazenar significa reter na mente.
Pois. Mas o quê?
Anabela
Fino
1 comentário:
Artigo inteligente, com aquela pergunta brilhante! Pena este jornalismo não chegar á maioria da população, para a fazer pensar...
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