- Edição Nº2365 - 28-3-2019
Made in EUA
Donald Trump está a deteriorar a «figura presidencial» trabalhada com minúcia pelos EUA, que desde o século XX quiseram que o seu Presidente – que comanda a governação do país – fosse respeitado como um «rei sol» à paisana (o original é Luís XIV, o rei que gostava de dizer, de si próprio, que «o Estado sou eu» - «l'État c'est moi»).
Mas as execráveis características pessoais de Trump não concentram todos os malefícios deste cargo e deste regime, proclamado abundantemente como o alfobre da «democracia ocidental».
Anote-se: seja quem for o ocupante da Casa Branca, a política predatória dos EUA é sempre a mesma e em nome de Deus, como declaram na própria moeda... Por isso importa pouco quem desempenhe o cargo, porque a tal política predatória é sempre prosseguida, como o prova a História do país.
Os EUA assumiram um papel cimeiro no planeta apenas no pós-II Guerra Mundial, em que estiveram, pela única vez, no lado certo da História e de onde emergiram não apenas como co-triunfadores militares sobre o nazi-fascismo, mas sobretudo como a potência económica incólume às destruições em sua casa e pronta a assumir a reconstrução da Europa Ocidental do pós-guerra, com tão gigantescas vantagens económicas para os EUA, que os tornaram, até hoje, a cabeça do capitalismo mundial.
Hoje anatemiza-se tanto Trump, que já se diz que «dantes é que era bom».
Não era. Trump não faz esquecer a imbecilidade lorpa de George W. Bush, dois mandatos atrás, a quem os atentados de 2001 às torres gémeas salvaram a presidência e lhe permitiram declarar guerra ao Iraque e ao Afeganistão, nem apaga o reaccionarismo cavernícola de Ronald Reagan, que pôs os «boys de Chicago» a lançar o caos do neoliberalismo e a colocar uma colossal bomba relógio na economia, que rebentou em 2007/8 por todo o mundo capitalista, lançando-o num vórtice de destruição que continua a girar, nos dias de hoje.
Nem os incensados John Kennedy ou Barack Obama se distinguem. O primeiro, ganhou direito ao mito na defesa dos direitos cívicos e na luta contra o racismo dos EUA, o que dá para mal disfarçar que foi ele a lançar a guerra do Vietname, a maior hecatombe e humilhação militares do país. Obama entrou com grandes foguetórios progressistas do «yes, we can!» e a primeira coisa que fez foi dar 700 mil milhões de dólares à banca para a salvar das vigarices cometidas, tendo continuado Guantánamo e as guerras imperialistas e etc. tal como dantes.
Trump é um ambicioso egomaníaco, um mentiroso compulsivo, uma criatura inculta e desprovida de carácter. É um fruto dos EUA que, finalmente, levaram ao poder supremo um bronco formado na sua autocracia dos poderosos mascarada de grande democracia. Só que é tão bronco, que nem põe a máscara.
Henrique Custódio
2 comentários:
HC,sempre "a faire mouche"!Bjo
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