retirado do (quase)-diário:
(...)
Um breve apontamento sobre
as eleições no Reino Unido:
considerando as eleições, como sempre, um diagnóstico,
para que são precisos muitos auxiliares do dito, relevo
i)
a clara – mas menor do que publicitada – derrota dos trabalhistas, com menos 3,6 milhões de votos que os conservadores (menos 12 pp, 32%-44%);
ii)
a escassa vitória dos conservadores,
embora lhes dê maioria absoluta de mandatos, 364 em 650, mas apenas ligeira
subida em votantes relativamente a votação anterior apenas 2% que deram mais
15% de mandatos (+ 47);
iii)
em relação à questão Brexit,
que subjaz a toda a política britânica (e da U.E.), anote-se a presença de um
explícito grupo candidato às eleições (Brexit)
que teve 642 mil votos/2%, não tendo eleito nenhum deputado ao contrário de 5
partidos (?) com menos de 1% de votos cada um - somando no conjunto 830 mil votos expressos - que elegeram 22 deputados ;
iv)
anoto ainda o facto do Green,
com 865 mil votos expressos, ter apenas eleito 1 deputado;
v)
o Scotish National Party teve
1 milhão e 242 mil votos terá eleito, 48 deputados quando a proporcionalidade
de votos expressos apenas lhe daria 26 deputados, e os liberais, com 3 milhões 675 mil (subindo 55% de votos em relação à
anterior votação) terem 11 mandatos (menos 1 que tinham), quando a
proporcionalidade do votos expressos lhes daria, agora, 76 mandatos;
vi)
estes pontos salientam-se, sobretudo, para mostrar a anormalidade de um
sistema eleitoral num Reino (dito) Unido, com círculos uninominais, e como ele
se afasta tanto que torna irreconhecível qualquer proporcionalidade que se
estime minimamente desejável relativamente aos votos expressos pelo povo (ou, melhor se
diria, dos povos).
2 comentários:
Obrigada pela informação sobre as eleições no RU.Não dá para entender a proporcionalidade da votação e o número de eleitos.Bjo
Contra os círculos uninominais e contra também os círculos distritais. Um só círculo nacional com método de Hondt ... abraço Boas Festas
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