29.08.2020
Ontem (ou teria sido antes de ontem?) guardei um recorte do Expresso-curto que perorava assim:
(…) Com o PCP entretido na luta pela Festa, e cada vez mais afastado da ‘geringonça’, o Bloco de Esquerda vai fazendo política. (…).
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Lembrei-me desse recorte, esquecido no meio de muitos outros, ao ler ontem o avante!, que me dava conta da actividade do PCP alguma dela de mim conhecida… e recuperei-o de tal maneira ilustra a campanha de classe, sórdida e sem pingo de deontologia, montada sobre o alicerce do ataque à Festa.
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À Festa que é uma mostra do que somos e como somos, para e com os outros.
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Hoje, comecei por folhear o Público:
Na página 6, do editorial do director (com o título
O regresso do clima de fim de festa):
(…)O Bloco já fez saber (…) O PCP está em pousio
porque navega a inacreditável condescendência com que o Governo e os seus apêndices
assistem aos progressos da Festa do Avante!
(…)
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Na mesma página, nas Cartas ao Director, uma beneficiando da condescêndencia do dito director, que pelo uma (a minha) censurou, com o sugestivo título Costa e Marcelo enfraquecem o PCP (do escrevinhador da carta?), e de que respigo esta “pérola”:
“(…) É inadmissível que mais de 30 mil pessoas
visitem a festa anual dos revisionistas do PCP(…)” e logo contribui para a tese
em gestação de que a Festa é contributo para valorizar o Chega.
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Inacreditável e inadmissível!
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Mas logo na página 7, ainda no Espaço Público, a foto de Jerónimo de Sousa, com seta horizontal: “(…) para já, o PCP vai afirmando a sua autonomia e dando sinais de que quer vender cara a pele (com chamada para a página 11, onde se comenta editorial do avante!)
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Vá lá…
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Mas logo na página 13, a jornalista que escreve ao sábado e merece ser lida, São José Almeida, dá este sábado o seu contributo para a campanha, usando para A Semana Política, o título provocador de A superioridade imoral do PCP.
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Partindo às avessas (em pino, ou queda facial invertida) começa por considerar que tem sido o PCP que tem ocupado o espaço noticioso "insiste e insiste e insiste em realizar a Festa do Avante!, quando foi o PCP que recusou ocupar o espaço público dizendo, quando questionado o seu secretário-geral se se faria ou não a festa, “até lá não nos doa a cabeça”, e o Partido se preparou para ela para que, se fosse possível, se fizesse. Depois, com o argumento de qual foi a posição dos outros partidos – sublinhando... "menos o Chega"…- considera que o PCP deveria tê-los imitado esquecendo que o facto é que nunca outro partido conseguiu imitar o PCP ao fazer uma Festa como esta; depois, vai ao ponto de culpar o PCP pela imagem que quer fazer passar dele quando são outros, como ela neste artigo, que pretendem fazer passar uma imagem (façsa!) do PCP. Prossegue usando imagens como a de "unhas e dentes" quando o mais que arranhado e mordido tem sido o PCP, e não quis deixá-lo sem as suas unhadas e mordidelas. E por aí fora até à pensada e titulada estocada final de referir o artigo-livro de Álvaro Cunhal, numa inversão de valores que lhe terá dado gozo (bem imoral) de colocar no título.
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Assim comecei o dia!
Espero que melhore!
1 comentário:
A sordidez da classe "jornalística",é um caso-diário.Nunca se badalou tanto sobre a Festa.Depois da Festa,será o Congresso,porque o motivo não é a Festa ou outra iniciativa.É o PCP.Bjo
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