NOTA DO
GABINETE DE IMPRENSA DO PCP
Defender a democracia
e os direitos dos trabalhadores e do povo
-
Realizar a Festa do «Avante!» em segurança
31 Agosto 2020
A realização da Festa do Avante! tem sido pretexto para uma
gigantesca operação reaccionária que mais que a Festa, visa atacar o PCP e
sobretudo abrir caminho à limitação do exercício de direitos e liberdades dos
trabalhadores e do povo, designadamente o direito de resistirem à liquidação
dos seus direitos como se viu com a campanha contra o 1.º de Maio.
Esta pulsão antidemocrática mal
disfarçada fica completamente à vista quando, ao mesmo tempo que tudo fazem
para impedir a realização da Festa, mentem insistindo na ideia que os festivais
estão proibidos e fingem não ver o que se passa, e bem, no País: dezenas de
festivais e espectáculos que se estão a realizar, ao ar livre ou em espaços
fechados como o Campo Pequeno; praias cheias, incluindo com turistas
estrangeiros; centros comerciais a funcionar; as actividades religiosas
retomadas, nomeadamente a peregrinação de Agosto em Fátima com muitos milhares
de participantes. Como fingem não ver o que se perspectiva em termos de
desenvolvimento das diversas actividades, a começar pelo início do ano lectivo
de forma presencial e posteriormente com provas de automobilismo e
motociclismo.
Esta operação não ilude que a Festa
do Avante!, importante realização política e cultural, está a
ser preparada com a garantia de medidas de prevenção e protecção sanitária que
salvaguardam o usufruto em condições de segurança e tranquilidade que preenchem
e ultrapassam as que existem em múltiplas actividades.
Na preparação da Festa do Avante!, na sua dimensão política e cultural,
procurou respeitar-se na multiplicidade de procedimentos organizativos o
conjunto de medidas no quadro das disposições legais em vigor, com base em
critérios de exigência conscientemente assumidas, como aliás se tem verificado
em todas as iniciativas que o PCP tem realizado. É isso que se tem procurado
fazer, quer na articulação necessária com as entidades de saúde quer,
sobretudo, pela particular exigência que o PCP colocou desde o início para
garantir as condições de prevenção e protecção indispensáveis.
Tem-se assistido a uma acção orquestrada
e articulada a vários níveis, e que envolve transformar as estruturas
administrativas sanitárias, a quem cabe pronunciar-se sobre questões de saúde,
em entidades que introduzam discriminações. Não podemos deixar de assinalar que
o Parecer da DGS contém em vários domínios graus de exigência maiores
relativamente à Festa do que tem estabelecido para outras iniciativas,
particularmente na capacidade e lotação de recintos e espaços fixados, que
contrastam seja com os espectáculos que se estão a realizar no País, seja com
as feiras do livro actualmente a decorrer em Lisboa e no Porto, seja com outras
iniciativas.
No seu conteúdo, o Parecer traduz a
tomada de conhecimento que na Festa do Avante! estão preenchidas condições de
segurança iguais ou superiores àquelas que se dispõem na frequência das praias,
nos numerosos espectáculos e festivais que se realizam pelo País ou
simplesmente nas idas a centros comerciais. Sem prejuízo do registo de
recomendações que se acolherão, em função da avaliação concreta do Plano de
Contingência apresentado pelo PCP (que ainda hoje será divulgado), este
preenche e respeita o conjunto de normas em vigor. Num quadro em que a garantia
de protecção sanitária deve respeitar simultaneamente os direitos, liberdades e
garantias constitucionalmente consagradas.
A
Festa do Avante!,
um acto responsável, organizado com a máxima exigência de protecção, que o PCP
não descura e promove, é um contributo para afirmar o bem-estar, a saúde e a
fruição da vida.
A dimensão da ofensiva contra o PCP exige
resposta. Uma resposta que deve ser assumida por cada um dos membros do Partido
e de todos aqueles que prezam os valores democráticos, desde logo marcando
presença na Festa e em particular no Comício de Domingo, fazendo dessa presença
uma afirmação de liberdade e um acto de resistência e luta em defesa dos
direitos dos trabalhadores e do povo.
1 comentário:
Este ano existem forças-sombra ,que estão a estimular um ódio como não se via desde 76 do século passado.O que me indigna mais,é a cumplicidade dos "democratas".Bjo
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