segunda-feira, setembro 21, 2020

Dia Internacional da Paz-21 de Setembro



Dia Internacional da Paz

Neste 21 de Setembro, Dia Internacional da Paz, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) apela ao empenhamento e mobilização em defesa da paz e dos princípios inscritos na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas, como:

  • A soberania e os direitos dos povos;
  • A igualdade soberana dos estados;
  • A solução pacífica e negociada dos conflitos internacionais;
  • O não recurso à força ou à ameaça do recurso à força nas relações internacionais;
  • O desarmamento geral, simultâneo e controlado.


É no respeito destes princípios que será possível salvaguardar a paz e a segurança no mundo, hoje seriamente ameaçadas pela ação daqueles que afrontam, de forma clara, as normas de convivência pacífica entre os povos e os Estados alcançadas e estabelecidas no Direito Internacional após o final da Segunda Guerra Mundial.
Cabe aos povos do mundo, através da sua mobilização e ação organizada, fazer com que a paz seja implementada e defendida.

Torna-se ainda mais relevante assinalar o Dia Internacional da Paz, num momento particularmente complexo e imprevisível que vivemos – no contexto da pandemia e suas implicações –, que exige uma visão mais larga e uma reflexão e ação mais acutilantes, designadamente sobre o sofrimento dos povos de países mais vulnerabilizados e o comportamento das grandes potências no plano europeu e mundial, quando se impõe a solidariedade e a cooperação e um esforço redobrado para pôr cobro ao inaceitável recurso à agressão económica e militar nas relações internacionais.

Defender a Paz torna-se ainda mais importante, quando os EUA e os seus aliados promovem o aumento drástico das despesas militares, lançam uma nova e perigosa corrida aos armamentos incluindo nucleares, disseminam bases e instalações militares por todo o mundo, promovem a militarização do espaço sideral, desestabilizam e agridem militar e economicamente diversos países e povos, não se coibindo de inclusive utilizar as condições criadas pela crise pandémica da COVID 19 como uma arma contra os povos – visando assegurar o controlo de recursos e mercados e impor a sua supremacia económica, tecnológica, militar, informacional e ideológica e, desta forma, a sua hegemonia mundial.

Neste dia, o CPPC reafirma o seu compromisso de continuar a desenvolver a sua ação de esclarecimento sobre as graves ameaças que pairam sobre a Humanidade e a mobilizar todos os amantes da paz para que se reclame, nomeadamente das autoridades portuguesas, a tomada de efetivas medidas em defesa da soberania e da paz, entre as quais e em coerência com o espírito e letra da Constituição da República Portuguesa:

  • A não participação de forças portuguesas em operações de agressão contra outros povos;
  • A defesa, nas organizações internacionais em que o estado português participe, do direito dos povos a decidir soberanamente o seu caminho, rejeitando agressões, ameaças, chantagens e bloqueios económicos e financeiros;
  • A assinatura e ratificação por Portugal do Tratado de Proibição de Armas Nucleares, que visa a eliminação deste armamento de destruição em massa;
  • A não participação de Portugal no reforço e expansão da NATO e a defesa da dissolução deste bloco político-militar;
  • O não envolvimento de Portugal no processo de militarização da União Europeia e a defesa da reversão deste processo.


Estas são algumas das medidas que Portugal pode e deve implementar e que muito contribuirão para o avanço do desanuviamento das relações internacionais, da construção da confiança mútua, da salvaguarda da paz e da segurança, da relação de amizade e cooperação entre os povos.

O CPPC apela a todos os amantes da paz para que se mobilizem, promovam a defesa da paz, da cooperação e do progresso social, da soberania e dos direitos dos povos.

Pela Paz todos não somos demais!

Direção Nacional do CPPC 

2 comentários:

Olinda disse...

Infelizmente,vivemos tempos de guerra.E os povos só sentem a sua trágica dimensão quando a sentem bem perto de si.O egoísmo ,a insensibilidade,são fomentados para adormecer consciências.Os "senhores" da guerra pensam em tudo pormenorizadamente.Paz, sim!Guerra, não! Bjo

Maria João Brito de Sousa disse...

Pela paz lutaria, se necessário fosse e se para tanto me sobrassem forças.

Abraço