Dia Internacional
da Paz
Neste 21 de Setembro, Dia Internacional da Paz, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) apela ao empenhamento e mobilização em defesa da paz e dos princípios inscritos na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas, como:
- A soberania e os direitos dos povos;
- A igualdade soberana dos estados;
- A solução pacífica e negociada dos conflitos
internacionais;
- O não recurso à força ou à ameaça do recurso à força
nas relações internacionais;
- O desarmamento geral, simultâneo e controlado.
É no respeito destes princípios que será possível salvaguardar a paz e a
segurança no mundo, hoje seriamente ameaçadas pela ação daqueles que afrontam,
de forma clara, as normas de convivência pacífica entre os povos e os Estados
alcançadas e estabelecidas no Direito Internacional após o final da Segunda
Guerra Mundial.
Cabe aos povos do mundo, através da sua mobilização e ação organizada, fazer
com que a paz seja implementada e defendida.
Torna-se ainda mais relevante assinalar o Dia Internacional da Paz, num momento
particularmente complexo e imprevisível que vivemos – no contexto da pandemia e
suas implicações –, que exige uma visão mais larga e uma reflexão e ação mais
acutilantes, designadamente sobre o sofrimento dos povos de países mais
vulnerabilizados e o comportamento das grandes potências no plano europeu e
mundial, quando se impõe a solidariedade e a cooperação e um esforço redobrado
para pôr cobro ao inaceitável recurso à agressão económica e militar nas
relações internacionais.
Defender a Paz torna-se ainda mais importante, quando os EUA e os seus aliados
promovem o aumento drástico das despesas militares, lançam uma nova e perigosa
corrida aos armamentos incluindo nucleares, disseminam bases e instalações
militares por todo o mundo, promovem a militarização do espaço sideral,
desestabilizam e agridem militar e economicamente diversos países e povos, não
se coibindo de inclusive utilizar as condições criadas pela crise pandémica da
COVID 19 como uma arma contra os povos – visando assegurar o controlo de
recursos e mercados e impor a sua supremacia económica, tecnológica, militar,
informacional e ideológica e, desta forma, a sua hegemonia mundial.
Neste dia, o CPPC reafirma o seu compromisso de continuar a desenvolver a sua
ação de esclarecimento sobre as graves ameaças que pairam sobre a Humanidade e
a mobilizar todos os amantes da paz para que se reclame, nomeadamente das
autoridades portuguesas, a tomada de efetivas medidas em defesa da soberania e
da paz, entre as quais e em coerência com o espírito e letra da Constituição da
República Portuguesa:
- A não participação de forças portuguesas em operações
de agressão contra outros povos;
- A defesa, nas organizações internacionais em que o
estado português participe, do direito dos povos a decidir soberanamente o
seu caminho, rejeitando agressões, ameaças, chantagens e bloqueios
económicos e financeiros;
- A assinatura e ratificação por Portugal do Tratado de
Proibição de Armas Nucleares, que visa a eliminação deste armamento de
destruição em massa;
- A não participação de Portugal no reforço e expansão da
NATO e a defesa da dissolução deste bloco político-militar;
- O não envolvimento de Portugal no processo de
militarização da União Europeia e a defesa da reversão deste processo.
Estas são algumas das medidas que Portugal pode e deve implementar e que muito
contribuirão para o avanço do desanuviamento das relações internacionais, da
construção da confiança mútua, da salvaguarda da paz e da segurança, da relação
de amizade e cooperação entre os povos.
O CPPC apela a todos os amantes da paz para que se mobilizem, promovam a defesa
da paz, da cooperação e do progresso social, da soberania e dos direitos dos
povos.
Pela Paz todos não somos demais!
Direção Nacional do CPPC
2 comentários:
Infelizmente,vivemos tempos de guerra.E os povos só sentem a sua trágica dimensão quando a sentem bem perto de si.O egoísmo ,a insensibilidade,são fomentados para adormecer consciências.Os "senhores" da guerra pensam em tudo pormenorizadamente.Paz, sim!Guerra, não! Bjo
Pela paz lutaria, se necessário fosse e se para tanto me sobrassem forças.
Abraço
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