Do quase-diário:
03.11.2020
Dia que parece especial por
ser o das eleições nos Estados Unidos.
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E eu que, por uma questão de
higiene, não tinha ainda pegado neste tema não resisto.
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Não me detivera no tema não
por não o considerar importante mas porque reajo ao avassalador de
“informação”, ao a-canalha-dor do tratamento.
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Um mérito pode ter tido –
algum teria de ter – o sr. Donald Trump: o de ser transparente, não esconder a
sua condição infra-humana.
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Em tudo, até no aspecto e na
linguagem, perdão, no atrabiliado linguajar, mas é necessário lembrar que por
detrás deste protagonista está todo um percurso e um contexto que o colocou na ribalta.
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É assustadora a cegueira com
que “paricipamos” nas eleições nos Estados Unidos… contra Trump, como se ele
fosse mais do que um produto, uma amostra, um fantoche, um bonifrate.
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Não há quem lembre – ou se
lembre… – que o escândalo da ademocraticidade da mais democrática das democracias
ocidentais… não foi inventada por este eleito que teve menos votos directos e
tantos outros exemplos?
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Não cora (decerto corará quem
tenha pingo de vergonha…) quem faz campanha contra a democraticidade na Bielo-rússia,
na Venezuela, em Cuba, na Coreia do Norte, em China, no Vietnam (que, evidentemente,
não são, cada uma à sua maneira, perfeitos ou modelos), a partir de critérios e
de padrões estado-unidenses, e colabore afanosamente na tomada de medidas, de
força, violentas, para repor legalidades pseudo-democráticas?
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Quantos observadores nas
eleições estado-unidenses para descortinarem falhas, erros, sempre disponíveis
para ver argueiros no olho do vizinho próximo ou longínquo.
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E – depois, qual estocada
final, golpe de misericórdia – o argumento latente e definitivo da corruptela dos
direitos humanos da Carta das Nações Unidas, sucedâneos dos direitos do homem
da Revolução Francesa, sempre sob a batuta dos USA (e abUSA), que desprezam a
instituição mas a utilizam como arma imperial… do imperialismo.
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Que direito humano mais
humano que o da não discriminação entre os humanos em razão (!) da pigmentação
das pele ou, indo ainda mais à profundidade das coisas (humanas) de posse ou não
posse de meios de produção criados pela Humanidade.
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Bem não queria eu pegar no
tema…
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Há tanto mais para fazer que
debater o evidente ou óbvio… mas se ele se esconde atrás da ridicularização de
silhuetas de madeixa provocadora, do polegar apontado para cima à maneira de
imperador romano magnânimo a poupar o escravo vencedor de outro escravo em espectáculo
para seu gáudio, das agressões verbais atiradas contra rival eleitoral que
parece escolhido à medida para ser alvo de graçolas ofensivas…
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Quem vencerá hoje, 3 de
Novembro de 2020? Diria, como em Frei Luís de Sousa: ninguém!
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E é que será mesmo ninguém…
hoje, no dia que deveria ser o dia de um ganhar as eleições uni-nominais a que
concorrem mais do que aqueles dois, mas só aqueles dois têm direito (e partidos... e milhões de dólares) a vencer.
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VIVA A DEMOCRACIA!… mas não aquele embuste.
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Mas... já que peguei neste tema, fui um pouco mais adiante e, com luvas assépticas, resolvi ocupar um pedaço deste 3 de Novembro revisitando os presidentes dos EUA com quem "convivi" (no sentido temporal do termo). Resolvi rever as minhas avaliações sobre cada um deles, a partir de critérios que, sendo pessoais, têm a ver com o que estimo prejudicial ou benéfico para o caminho da Humanidade. Dir-se-ia que é uma avaliação "à americana"... pelo avesso. Peço que não me levem muito a sério!
Com alguns deles, talvez... bebesse uma cerveja, um whisky ou um copo de água-pé, com outros recusar-me-ia até a apertar-lhes a mão (ou a oferecer-lhes o cotovelo...)
2 comentários:
Avaliação interessante. Eu só 'acordei para a vida' no tempo do JFK.
Concordo contigo.
Gostei do que li e a avaliação gráfica foi a cereja no topo do bolo.Eu não seria tão condescendente para todos esses representantes do país da "democracia-só-para-alguns",isto é,com essa gente não bebia nem um copo d'água.Bjo
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