domingo, novembro 15, 2020

Comenta dor: ECONOMIA?... em quase-diário - 1


... e vamos lá ao suplemento Economia do Expresso, que de vez em quando me abalanço a folhear, nem sei se por reconhecimento subliminar por não ter mudado para o cabeçalho Negócios como tantos seus confrades fizeram.

 

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E o facto é que, se o sentimento poderia ser inicialmente de reconhecimento, logo me reconheço defraudado, porque aquele suplemento deixou há muito de ter a página 5 que se podia e devia ler (onde escreves, oh!, Nicolau?), substituída por uma página a que um colaborador convidado bota palavra ao seu jeito que me não atrai, os colaboradores “de fora” que eram keyneseanos convictos com quem se aprendia alguma coisa na penúltima página desapareceram, e me afoga com informação e comentários sobre os negócios e a conjuntura “à Beça”, que bem dispenso.                                                                                                                                                                                                                 

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Mas esta semana, talvez por ter saído um dia mais cedo e eu estar obrigatoriamente recolhido, atirei-me ao Expresso-Economia.

 

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Está a ser difícil de me libertar, assim como quando nos queremos ver livres de qualquer coisa pegajosa que se nos agarra.

 

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Vamos por partes. Comecemos pela ilustração da 1ª página sobre a banca portuguesa.



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Lê-se, com olhos que querem ver economia e encontram, apenas, negócio, números sobre trocas e baldrocas de bancos como se fosse de um detergente, de uns enchidos, de uma qualquer coisa e não elementos fundamentais de uma economia… mas que deixou de ser economia para ser coisa de mercado de compra e venda, e que tanto justifica o adjectivo de portuguesa como a Coca-cola ou o Toyota Yaris Hybrid.

 

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Assim se cumprem os desígnios e as ordens de uma U.E. de haver poucos e grandes bancos transnacionais, depois de um percurso português que passou por uma banca nacionalizada que poderia ser elemento essencial de economia portuguesa logo abortada, que criou a rede notável de MB (sim!, foi a banca nacionalizada), que foi substituída pela verdadeira loucura de uma agência de qualquer banco em cada esquina com a devolução aos privados… que tão grandes proveitos deles tiraram que rebentaram com tudo isto como se fossem donos disto tudo.   

 

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E a Caixa Geral de Depósitos não aparece como um corpo estranho mas a entranhar no sistema de compra e venda ao desbarato que sai caro aos que menos podem?

 

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Esta “economia” que exulta, eufórica, com o negócio das vacinas… merece as aspas que a ornamentem?!

 

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Já lá vou… 

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