quinta-feira, novembro 19, 2020

Cadernos de aponta mentes - 1 (O contributo de Marx para o marxismo)

Em 2012, por convergência de vectores pessoais e de queridas envolvências, e pela própria e inapelável dinâmica da idade que soma dias em semanas, em meses, anos e décadas, vi-me confrontado com o que chamaria a ultrapassagem do meu projecto de fim de vida, quer dizer, sobrevivi à inviabilidade de continuar esse projecto.

O ter de se pôr fim à existência da livraria editora Som da Tinta em Ourém, depois de ela ter resistido a um meu regresso inesperado ao Parlamento Europeu em 2004/5, alterou as condições da minha reforma, que nunca poderia aceitar como inactividade.

A Conferência Marx em Maio, na Faculdade de Letras, realizada em Maio de 2012, animou-me e (vejo-o, agora, à distância de quase uma década) dediquei-lhe privilegiada atenção. Estudei e revi estudos anteriores, preparei uma comunicação..

Com tudo o que organizara como texto a podar (gosto do verbo podar, pelo significado de cortar o inútil para dar vida), para se meter em 10 minutos de intervenção dita ou lida, pareceu-me que todo o texto, depois da primeira passagem e de cortado o mesmo estimado inútil, seria aproveitável numa publicação como caderno ao dispor dos participantes. 

É evidente que para essa avaliação (auto) e decisão também contribuiu a sempre presente e reforçada tendência para a edição, e assim nasceu o primeiro caderno de aponta mentes, posto à disposição dos participantes na conferência.


Capa de José Santa Bárbara
(124 páginas)

Foi o 1º, e poderia ter sido o único se, depois de cumprido o objectivo, tivesse merecido atenção editorial (para além da que teve – e que muito me honrou – com a publicação no Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra). Poderia ter sido o único, mas não foi. 

Até hoje seguiram-se, como edições de autor, mais 12 cadernos (aproximadamente 1 por ano), que se dão a conhecer por esta via, aceitando-se pedidos (sergio_f_ribeiro@sapo.pt) de envio (gratuito, claro, porque o escrito e editado o foi com a intenção de ser lido) de exemplares que tenham sobrado das distribuições por alguns amigos e interessados.

2 comentários:

Olinda disse...

Estar vivo é ,contribuir para o esclarecimento da transformação do mundo.E muito,tem sido a actuação da tua parte nesse sentido.(Li: Marx um sujeito da História e achei muito interessante.)Obrigada.Bjo

Sérgio Ribeiro disse...

Eu quero continuar... vivo. Obrigado, camarada