Badana de um livro que estou a começar a ler (em boa alturaJ…):
«Deve-se em todo o caso, constatar até que ponto é que o voto só traduz as mais das vezes – e isso aplica-se a toda a gente – uma adesão parcial ou oblíqua ao discurso ou ao programa do partido ou do candidato a quem se dá o sufrágio. Quando eu fiz notar à minha mãe que, ao votar Le Pen, ela tinha apoiado um partido que militava contra o direito ao aborto, quando eu sabia que já tinha abortado, ela respondeu-me: “Oh! mas isso não tem nada a ver, não foi por isso que votei por ele.” Neste caso, como é que se escolhem os elementos que se tomam em consideração e que determinam a escolha e aqueles se deixam deliberadamente de parte? Sem dúvida, o essencial terá que ver com o sentimento de se saber ou de se crer representado individual ou colectivamente, ainda que de forma incompleta, imperfeita, isto é, apoiado por aqueles a quem se apoia e de ter a impressão, mediante esse gesto eleitoral, isto é, dessa acção que se decidiu realizar, de existir e de contar para alguma coisa na vida política.»
2 comentários:
Não sei se a explicação do autor corresponde à generalidade dos factos.Há muitos elementos que contribuem para a escolha de um sentido de voto.Bjo
Estou como a comentadora anterior, não li o livro no entanto, o tema é interessante.
Enviar um comentário