segunda-feira, abril 12, 2021

Reflexões lentas (na manhã... que é quando começa o dia)

 De manhã, que é quando começa o dia.

12.04.2021

 Foi uma semana atribuladíssima, perturbadora mas, também, esclarecedora para quem quiser ir ao fundo das reflexões e não permita o enredamento deliberado e caotizante, promovido por uma indeformação avassaladora.                                               

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No novelo em que se quer enredar todo o mundo (como se este fosse ninguém), vislumbra-se a fulanização obcecante como mãocheias de poeira atiradas aos olhos e camadas de cera despejadas nos ouvidos dos viventes.

 

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Sócrates, Ivo Rosa e a Justiça que s’acusa e prescreve, Erdogan, Ursula e Michel e a dança das 2 cadeiras mais 2 sofás para 2 mais 2, isto é, para 4… e os parentes europeus na lama, dominaram as notícias, ainda com a ajudinha do finamento de um consorte que chegou aos 99 anos.

 

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E, só de portugueses, os 10 milhões e tal, apesar da queda da natalidade que mais trambulhou?, e os 7 mil e muitos milhares de milhões espalhados pelo mundo todo, umas centenas à briga por acesso a vacinas e multidões à espera do que sobre?, e a Ukrania, com um comediante em Chefe de (de/em que?) Estado a declarar guerra à Rússia e a contribuir para uma situação internacional verdadeiramente explosiva?, e as imagens violentíssimas, incendiárias, repetidas dias após dias, em fundo de notícias sobre as manifestações numa das Irlandas (ou nas 2?), por causa do Brexit e está tudo dito?, e aqui, no cantinho inferior esquerda (que, aliás, preside a uma Europa entre aspas e salve-se quem puder) o incrível mas verdadeiro alastramento dos pobres empregados ou, melhor, dos empregados mas pobres, se não a caminho de fomes?, e etc!...

 

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Sim, tudo isto é triste (e perigoso)… além de ser fado, mas é tão-só (tão-só!) o cenário à frente do qual se movimentam os protagonistas, os Sócrates, os Ivos, os Rosas, os Costas, os Rios (de gente…), os (por)Ventura, as descobertas Susanas por unanimidade, os inventados Zelenkis que não têm Putin por onde se lhes pegue, mas logo recebem o apoio de Binden, nata da NATO.

 

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Está o mundo roto e chove como na rua (ontem choveu!).

 

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Mas, oh!, meus amigos desgraçados (diria o Manel da Fonseca):

 

Ó meus amigos desgraçados

se a vida é curta e a morte infinita

despertemos e vamos

eia!

vamos fazer qualquer coisa de louco e heróico

como era a Tuna do Zé Jacinto

tocando a marcha Almadanim!"

 

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Não se pode deixar que matem a Tuna.

 

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É preciso gritar bem alto, para que oiça quem tem de ouvir, ver e fazer:

 

Que o Sócrates não está sozinho (tadinho), está bem acompanhado (como quem diz…) pela banca privada e fraudulenta, pela privatizada EDP e seus negócios-do-outro-mundo, pelas construtoras de um Algarve para os “beefs” velhinhos e de um Portugal para os portuguesinhos, por amigos para todas as ocasiões, e por aqui se fica...

Que Erdogan, não sendo nenhuma prenda (bem pelo contrário!) tem que muito se lhe diga que não quanto ao protocolo diplomático, um imbróglio caricato que veio ocupar espaço informativo e incómodo (para quem?) de berbicachos, que é como se alcunham negociatas com vacinas, ou vacinegócios, ou negócinas, além de denúncia da escabrosa obrigação de uns se submeterem a regras comunitárias enquanto outros germanofilam bilateralmente.

Que existe um real perigo por detrás de fanfarronadas de bufão, associadas a bloqueios e sanções a quem não cumpre os direitos humanos na versão estado-unidense que se está borrifando para as Nações Unidas (unidas?, só se for à volta da nata da NATO).   

 

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E basta!... evitando conjugar o verbo chegar.

 

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Isto é para não desaustinar.


(...)




3 comentários:

Olinda disse...

Na verdade,um panorama deste "vil mundo ,que nos coube em sorte",nada tranquilizador.Mas será ,que alguma vez,o foi?A exposição ,"de mañanita"sai mais temperamental.Gostei.Bjo

Maria João Brito de Sousa disse...

Tento - se tento! - manter-me do lado certo do mar da vida e também tento nunca conjugar o verbo chegar.

Abraço!

M. disse...

Apreciei a clarividência.