Aproveitando a disponibilidade de reformado, que partilho, solidário, com muitos na mesma condição e com tantos outros por desemprego, ouvi (durante quase 5 horas) o debate sobre as duas moções de censura na AR, continuidade e reflexo da censura de que este governo está a ser alvo.
De caderninho de apontamentos ao lado, muito anotei. Deixo uns brevíssimos comentários, por agora, porque me chama a tarefa de participar numa Assembleia Municipal (em Ourém) em que se discutirá essa nova fórmula, que substitui as PPP, de entrega ao privado do que deveria ser público, a modalidade das concessões ao privado de serviços públicos (CPSP), relativa ao saneamento básico.
- Uma moção de censura parlamentar é um acto político de grande importância, e essa importância não se mede pelos resultados imediatos. Estas o comprovaram.
- Separaram-se, claramente, as águas. Com um riacho no meio delas, estagnado e a cheirar não lá muito bem.
- A "utilidade" referida pelo PS, no(s) seu(s) discurso(s) de fuga a tomar posição, merece o complemento da pergunta de qual a "utilidade" política da posição do PS? A que(m) serviu? E ainda ser confrontada, essa "utilidade", com qual a eficácia, a partir desse critério utilitarista, de votar contra o OE 2013? Só tacticismo...
- O começo da intervenção (de fundo... ou defunta?) do ministro das finanças teve algo de insólito com aquela afirmação do povo português ter revelado, a 15 de Setembro, ser o melhor povo do mundo e o nosso melhor activo! Se assim pensa, porque contribui tão eficazmente para maltratar o que considera "o melhor do mundo"?, e para desempregar ou incitar à emigração o nosso melhor activo?
- Retomo, para acabar, por agora, uma parte da intervenção do deputado António Filipe que tanto pareceu ter ofendido o primeiro-ministro: este não é um governo de miséria, é uma miséria de governo!
3 comentários:
É mesmo uma miséria de governo!!!
E porque só os de 15 de Setembro são os melhores do mundo?Eu também lá estive e não fui fazer jeitinho a ninguém!!!!!!
Um beijo.
Quando começam a apelar para a "utilidade"...
Abraço.
O ministro-tolo-que-fala-assim,sô diz besteiras.
Estive a ouver a intervencao do camarada Bernardino Soares e,que pena,nao poder ser ouvida pela maioria dos portugueses,
Beijo
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