A minha "opinião pública" privada dizia-me um dia destes que o que mais a incomodava nas declarações da dona Ângela (a) Merkel era a sua insistência no tema dos custos unitários do trabalho, como inibidores de investimento, e sobre a necessidade de os baixar por causa da competitividade. Tem toda a razão. Não a Merkel... mas a minha "opinião pública", claro!, ao exigir que tal seja esclarecido.
Aproveitei o tempo de passagem da senhora, nesta tão cara (por quanto nos vai ficar?, quanto vamos pagar por esta visitinha da "patroa"?) manobra de diversão, para ir ver umas coisas em arquivo, e actualizá-las, sobre os tais custos unitários do trabalho e a sua evolução sobre pressão da "ajuda"-que-não-ajuda-mesmo-nada-antes-pelo-contrário!
Comece-se por um ponto de partida. Segundo estatísticas recentes do Eurostat, organismo da U.E,, em 2011 a média do custo por hora de trabalho em Portugal foi de 12,1 euros por hora, enquanto para a U.E. foi de 23,1 euros por hora. Para esta média os países que mais contribuem, por cima, para o seu valor teriam sido a Bélgica (39,3 euros), a Suécia (39,1 euros) e a Dinamaca (38,6 euros). Isto é, Portugal com 52,4% da "média europeia" e 30,8% da Bélgica, 30,9% da Suécia e 31,3% da Dinamarca, ou seja pouco mais de metade do custo "europeu" e menos de um terço do custo dos países de mais alto custo unitário do tabalho.
(Anote-se, para que nunca se esqueça, que a outra face do custo horário do trabalho é o rendimento horário de quem trabalha, do trabalhador).
(continua)
2 comentários:
Obrigada pelos esclarecimentos!
A que s'assina "Opinião pública".
12.1?.Nao ê um pouco,a estatîstica das tres galinhas?
Bjo
Enviar um comentário