quinta-feira, maio 09, 2013

8/9 de Maio - dias da Vitória e Reichstag

Muito ficou para contar da visita a Berlim. Apesar do "posts" aqui deixados. Aliás, afirmei a intenção de ainda tratar de, pelo menos, alguns temas que trouxe dessa viagem.
Um deles surgiu-me a propósito desta questão efemérica do 8/9 de Maio.
A visita ao Reichstag, que teve de ser marcada com antecedência, valeu a pena. A cúpula reconstruída merece ser visitada como obra arquitectónica. Como se pode ver:
Mas muito mais se pode retirar da visita a esse lugar com enorme peso histórico. Nos registos históricos, talvez poucos visitantes se retenham na análise cronológica do que estava nos quadros informativos, como a chegada de Hitler a chanceler, em Janeiro de 1933, com uma forte oposição naquele parlamento, com destaque para os comunistas, o incêndio do edifício no mês seguinte, com criminalização e pretexto para prisão, abertura do primeiro campo de concentração e assassinato de milhares de comunistas, a sequente reunião do parlamento em que o recém chanceler teve o "conforto" de ver vazias as bancadas da oposição por estarem já mortos ou presos os que nelas se podiam sentar e fazer uso da democracia parlamentar. Para não falar, também, da outra. Da participativa.

Por isso mesmo, sobre estes dias da vitória é da enorme oportunidade lembrar, nos dias de agora, que uma semana antes da rendição formal, a 2 de Maio de 1945, o Reichstag fora tomado pelo Exército Vermelho, depois de batalhas heróicas, e se dera o passo decisivo para a derrota do nazi-fascismo.
Assim, o dia 2 de Maio terá sido o dia da verdadeira vitória, que os outros dias apenas confirmaram e que terão servido para retirar ao Exército Vermelho (e ao povo soviético que nele se revia e lutava) todo o sacrifíco e mérito que nada pode negar... a não ser a mentira e a manipulação da História. 

3 comentários:

Jorge Manuel Gomes disse...

"Assim, o dia 2 de Maio terá sido o dia da verdadeira vitória,..."

Nem mais Camarada!

Abraço,

Jorge

Antuã disse...

Eles bem querem mudar a História.

Graciete Rietsch disse...

É aos soviéticos, de que é exemplo a heróica batalha de Stalinegrado, que verdadeiramente se deve a derrota da Alemanha nazi.
Só homens confiantes no futuro que se estava a construir, poderiam resistir
de tal modo à violência e barbaridade do exército alemão.
Por isso Stalinegrado foi cantado por tantos poetas, entre eles Pablo Neruda e Carlos Drummond de Andrade.

Um beijo.