quinta-feira, agosto 08, 2013

Aqui fica o aviso necessário: «cuidado com os "cães"!, não têm açaime.»

- Edição Nº2071  -  8-8-2013


Os cães de guarda e os donos do canil


Henrique Monteiro é um jornalista-tipo da nova ordem comunicacional congeminada após a derrota do socialismo na URSS e na Europa de Leste. É um daqueles escribas que Serge Halimi definiu como «os novos cães de guarda»: jornalistas da «reverência», da «conivência», do «mercado», cujas opiniões essenciais coincidem sempre, «milagrosamente», com as do dono do canil - o grande capital.
Como muitos dos seus colegas, Monteiro começou esquerdista-de-punho-levantado-e-revolução-já!, após o que foi fazer revolução para outro lado, vindo a assentar arraiais no Expresso – que, aliás, lhe assenta muito bem.
Enquanto voz do dono, tem como alvos preferenciais os alvos do dono, entre eles o PCP, os seus dirigentes e militantes; os sindicatos e os dirigentes sindicais… - ou seja, todos os que, sabe-se bem porquê, o dono do canil odeia.
Na última edição do Expresso, a pretexto do caso de uma dama que se divertiu a «brincar aos pobrezinhos» - e que ele considera ter sido vítima da «polícia do pensamento» da blogosfera! - Monteiro meteu a mão no velho baú do anticomunismo e, à sua maneira, sacou lá de dentro, a estafada cassete do comunismo igual a fascismo – «igualdade» que ao dono do animal interessa que seja repetida e repetida, já que, assim, mata dois coelhos com uma só cajadada: ataca o comunismo e branqueia o fascismo.
Recorde-se, a propósito, que a dita «igualdade» vai mesmo a calhar com a operação em curso de branqueamento do fascismo, levada a cabo por essa outra matilha de «cães de guarda» que são os historiadores do sistema.
Recorde-se, ainda, que o dono do canil – o actual ou qualquer seu antepassado – só começou a fingir-se antifascista após a derrota do fascismo… e sempre foi anticomunista…
E recorde-se, finalmente, que os comunistas ocuparam, sempre e em todo o mundo, a primeira fila da luta contra o fascismo – e que sem a acção do Exército Vermelho e do povo da União Soviética, o nazi-fascismo teria muito provavelmente alcançado o seu objectivo de domínio do mundo. O que em nada incomodaria os donos do canil nem, por arrasto de trela, os seus «cães de guarda».


José Casanova

5 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Para quem ainda tem dúvidas sobre os esquerdistas pseudorevolucionários (será assim que se escreve?) e para os ingénuos que aceitam tudo o que lhes apresentam, este post é muito bom.
De qualquer modo é uma excelente análise.

Um beijo.

samuel disse...

Felizmente... o tipo tem sempre como título genérico das suas crónicas, "Chamem-me o que quiserem". Não sendo muito... sempre ajuda... :-) :-)

Abraço

José Rodrigues disse...

O sabujo é um provocador que se mijará todo pelas pernas abaixo se um dia levar um apertozito...



Abraço

Antuã disse...


Os répteis são assim.

Pintassilgo disse...


Estes são para Serge Halimi os novos cães de guarda. Quem eram os antigos?!... Parece que os antigos ainda por aí andam e em força.