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Quero vir aqui, nos dias de agora,
deixar a nota da menor ocupação com o blog, que tanto me ocupava até há
uns três meses,
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Primeiro, foi a “concorrência” do facebook.
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Desagradável, desleal, muita areia atirada para o ar, alguma informação,
nenhum trabalho didáctico, formativo.
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Foram também algumas sequelas no estado de saúde de um “choque de
envelhecimento” compulsivo.
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Não que não aceite o em-velho-ser, mas houve aspectos de uma marginalização
que mais aproveitou os números da idade que resultou destes serem tão altos.
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Entretanto, não abandono projectos – bem pelo contrário – e vou lendo umas
coisas, de que destaco o livro de Vitor Ranita, sobre o qual comecei o dormitar, e
mais proximamente aqui me trouxe (já na madrugada) pelo que me lembrou uma página lida (pag. 160).
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página a página
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Transcrevo o pedaço da página lida, que depois comentarei, e a dedicatória
que muito me tocou e honrou.
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A história é curiosa, e soube-me bem relembrá-la a partir deste livro que é
um verdadeiro e excelente documento (é uma pena o tipo de letra e a mancha tão
pouco “pedagógicos”, tão repulsivos de leitura!...)
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Então foi assim: tendo sido escolhido pelos metalúrgicos para seu
representante no trio arbitral da última fase do processo do contrato colectivo
de trabalho, proposto pela Federação dos Metalúrgicos (“convite” feito pelo
Ranita num jantar no Restaurante Monte Carlo), aceitei, com enorme satisfação e
honra a tarefa.
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A parte patronal – os Grémios – tinham indicado um árbitro seu (Alberto
Pinheiro Xavier) e foi nomeado pelo governo um árbitro presidente (Ilídio das
Neves), ao abrigo da alteração ao dec-lei 49.212…
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(isto seria uma outra longa história… de que nem uma ínfima parte coube no 50
anos de Economia e Militância!)
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Agora é esta do Rotary!
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Então foi assim: o trabalho na arbitragem foi duro e profícuo, nunca tendo
deixado de me ver (até ao espelho, ao acordar…) como representante dos metalúrgicos, mantendo um contacto e uma informação constantes com os dirigentes sindicais, contaco e informação de
duplo sentido.
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Daqui resultou, dada a importância da negociação, e alguma acrescida
visibilidade pessoal, um convite dos rotários do Porto para eu ir “animar” um dos
seus habituais repastos, convite extensivo a quem quisesse que me acompanhasse,
explicitamente referida… a esposa.
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A minha resposta ao convite foi de que aceitaria, com muito gosto, com duas
condições: i) a de os metalúrgicos não verem inconveniente na minha ida a esse jantar, e ii)
que os dois dirigentes sindicais com quem estava mais em contacto – o Mota
e o Ranita – me acompanhassem no lugar de qualquer conviva familiar.
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Aceites as condições, foi um jantar muito animado, com uma informação e
debate que estimo, à distância, interessante e útil!
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Está recordado!... “à boleia” daquele parágrafo do Vitor Ranita, que bem
sublinha o peso, e então crescente prestígio, dos metalúrgicos, de que tanto me
orgulha o título “honoris causa”.
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Tanto mais para contar…
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7 comentários:
Querido amigo e camarada Sérgio
Nem imaginas a falta que me fazem os teus ensinamentos.
Com o teu blog tenho aprendido tanta coisa!!!
E eu, também já com idade bem avançada,mais ainda do que tu, escrevo e leio muito menos. Ando cansada e, porque não dizê-lo, um pouco triste com este lento desenvolvimento da resistência às infâmias com que todos os dias somos confrontados. Mas não deixo nunca de ler o teu blog.
E acredita que me faz muita falta.
Um grande abraço.
Os teus comentários (e outros não tão constantes e as visitas estatísticas que continuamnas centenas) são indispensáveis para eu sentir que DEVO continuar nesta frente internética, e assim resolvo dúvidas que, por vezes, me assaltam.
Obrigado! Grande abraço
Depois do Cravo de abril, este?!... Não, não pode ser.
"...e assim resolvo dúvidas que, por vezes, me assaltam"
Até as dúvidas?!!! Já não somos assaltados que chegue?!!! :-) :-) :-)
Grande abraço!
Este espaco tem contribuido para um melhor e maior esclarecimento sobre o que se vai passando ,em Portugal e no Mundo.Tem-me dado respostas a muitas dûvidas,e fornecido conhecimentos,sobretudo,em matêria de economia.Sabemos,que a informacao tambêm tem um carâcter de classe,e sendo assim,precisamos de outra informacao com mais respeito pelos nossos direitos,enquanto trabalhadores e contribuintes.
Um beijo
Então?
Venho a correr para o Blog, depois das candidaturas (todas do concelho), tribunal, venda de EPs, contactos para o transporte e hotel, campanha eleitoral, distribuição, etc, trabalhos burocráticos, o meu trabalho como funcionária pública (dizem que nada fazemos, mas estamos de rastos) e leio um post de alguém desanimado. Quem o terá escrito? Não gostei lá muito da 1ª parte, já da 2ª parte sim! esse escrito tem o registo do Sérgio, histórias de ontem com exemplos de futuro.
Este querido camarada Sérgio deixa que escrevam no blog dele e de repente pensamos que é o Sérgio…mas não! ele não se deixa desanimar, a cada dia que passa, há cada vez mais gente à espera do seu post, da sua crónica, até das suas saudáveis provocações.
Cá estou eu, sempre atrasada no trabalho, no blog (leio sempre), atrasada em todo o lado, mas com muita vontade e grande necessidade de continuar a ler o “anónimos sécxxi”.
Gd BJ,
GR
Então?
Venho a correr para o Blog, depois das candidaturas (todas do concelho), tribunal, venda de EPs, contactos para o transporte e hotel, campanha eleitoral, distribuição, etc, trabalhos burocráticos, o meu trabalho como funcionária pública (dizem que nada fazemos, mas estamos de rastos) e leio um post de alguém desanimado. Quem o terá escrito? Não gostei lá muito da 1ª parte, já da 2ª parte sim! esse escrito tem o registo do Sérgio, histórias de ontem com exemplos de futuro.
Este querido camarada Sérgio deixa que escrevam no blog dele e de repente pensamos que é o Sérgio…mas não! ele não se deixa desanimar, a cada dia que passa, há cada vez mais gente à espera do seu post, da sua crónica, até das suas saudáveis provocações.
Cá estou eu, sempre atrasada no trabalho, no blog (leio sempre), atrasada em todo o lado, mas com muita vontade e grande necessidade de continuar a ler o “anónimos sécxxi”.
Gd BJ,
GR
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