quinta-feira, outubro 03, 2013

dias de agora (eleitorais)

(...)

Mas há que, estes dias (de agora) passados, que deixar alguma coisa dita sobre as eleições autárquicas, para além ou reforçando o que já dito foi, também aqui (e por aí...).

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Sublinho (re/tri-sublinho) a relevância da abstenção, e sobretudo da abstenção dos que, continuando recenseados, “votaram” antecipadamente, emigrando.

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Congratulo-me com a evidência do enorme passo em frente (como expressão da luta de massas), depois de alguns passos atrás a que elas têm sido forçadas, sempre resistindo, após 25 de Abril de 1974 e 2 de Abril de 1976.

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Relevo a escandalosa (quem é que não vê?!) escamoteação do enorme sucesso eleitoral da CDU pela comunicação social “his master’s voice”, com empolamento perverso das “independências”, e títulos tipo CDU ganhou Loures mas perdeu líder parlamentar!!!

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E reproduzo, aqui, quadros meus, do meu excelzinho, que valem o que valem embora me pareça poderem ser de alguma utilidade, apesar de aparentemente ganha a “pequenina” batalha dos pontos percentuais versus %.

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Câmaras

2013
2009
%
PS &
150
132
13,6
PSD, CDS &
111
140
-20,7
CDU
34
28
21,4
BE
0
1
-100
GCidadãos
13
7
85,7

308
308

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%
votos
mandatos

2013
2009
(pp)
2013
2009
dif.
2013
2009
dif.
PS &
36
38
-2
1831
2084
-12
926
921
0,5
PSD, CDS &
33
42
-9
1626
2312
-30
785
902
-13
CDU
11
10
1
550
540
1,9
666
531
25
BE
2
3
-1
121
161
-25
8
9
-11
GCidadãos
7
4
3
345
226
53
345
226
53
 os votos em milhares
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E mais uma tabela mostrando bem, ou possibilitando a análise que me parece muito importante da evolução quantitativa de quem não exprimiu o seu voto.

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Abstenção & Brancos e Nulos
Votos
dif.
% inscritos

2013
2009
%
2013
2009
pp
Brancos
193
95
98
50,8
2,0
1,0
1,0
Nulos
147
69
78
53,1
1,5
0,7
0,8
Abstenção
4502
3843
659
14,6
47,4
41,0
6,4

4842
4007
835
17,2
51,0
42,7
8,3
os votos em milhares

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Diria que estes números podem traduzir, desde que atenta e cuidadosamente observados – qualitativamente –, “massas em transição” ou, melhor seria…, em tomada de consciência.
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A que seria de juntar – bem poucos porque a esmagadora maioria são partidos escondidos (envergonhados?) com inde pendências de fora – alguns casos de “grupos de cidadãos”.

(...)

2 comentários:

Jorge Manuel Gomes disse...

Camarada,

Já estava com saudades destas análises tão "na mouche".

And “his master’s voice” is certainly the perfect term.

Grande abraço, desde Vila do Conde,

Jorge

Graciete Rietsch disse...

Análise tão simples mas tão esclarecedora.

Um beijo.