quinta-feira, março 29, 2018

Eleições de que não se fala... ou de que se fala noutra "língua"-3


de Granma:

As mulheres no Parlamento...
(de Cuba!)

Enquanto a presença de mulheres nos orgãos deliberativo de muitos países diminuiu, o Parlamento cubano, com 53,22%, ocupa o segundo lugar no mundo no que respeita a participação feminina.

Quando, em 1993, Fidel analisava a composição da Assembleia Nacional do Poder Popular (ANPP) e a participação de um número crescente de diplomas universitários, de negros e de mestiços e de mulheres... tirava a conclusão de que esse facto testemunhava "o avanço gigantesco do nosso povo no decurso da Revolução" e representava também "a maneira como a desigualdade e a discriminação tinham desaparecido no nosso país".
Desde então, cada um desses sectores viu aumentar o números de lugares no Parlamento, não com o simples fim de respeitar quotas de representação, mas resultado do valor e da formação dos candidatos que, com as suas características, foram eleitos pelo povo.
Nos 605 deputados eleitos a 11 de Março 53,22% são mulheres, o que faz do Parlamento cubano o segundo do mundo tendo a maior participação feminina, só ultrapassada pelo Ruanda com 61,3%.
Em contrapartida, o panorama internacional não é tão encorajante, se se considerarem os dados recentemente publicados pela União interparlamentar (UIP), organismo que agrupa os orgãos legislativos de 178 países. Segundo as suas estatísticas, a participação das mulheres estagnou entre 2016 e 2017, apenas aumentando 0,1%.
É certo que no ano passado, os lugares ocupados pelas mulheres a nível mundial atingiram 23,4% enquanto tiveram uma taxa de participação record, além de terem obtido mais lugares que nos períodos precedentes, com 27,1%. Mas o saldo entre entradas e saídas de mulheres não foi positivo e impediu que haja mais mulheres parlamentares em exercício de longo prazo.
O continente americano, por exemplo, registou um aumento de 0,3% da representação parlamentar feminina em 2017, se bem que as mulheres ocupem 28,4% dos lugares. A Argentina (38,1%), o Ecuador (38%) e o Chile (22,6%) apresentam os melhores indicadores. Há que assinalar que desde 2013, o Parlamento cubano, na sua 8ª legislatura, cujo mandato termina em Abril, teve uma representação feminina de 48,86%.
Actualmente, a caminhada emancipadora da mulher cubana, além de a ter tornado maioritária na Assembleia nacional, tem ainda contas a regular em termos de equidade e de autonomia, e há ainda que acabar com velhos preconceitos.
Mas ninguém pode pôr em dúvida esta certeza de Fidel que "ao longo destes anos difíceis, não houve qualquer tarefa económica, social e política, não houve sucesso científico, cultural e desportivo, não houve contribuição para a defesa do nosso povo e da soberania da nossa Pátria que não tivesse contado com a presença invariavelmente entusiasta e patriótica da mulher cubana".
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 SUR LES 322 FEMMES DÉPUTÉS


55,59 % sont des déléguées de base
87,5 % ont un niveau d’études supérieures
13, 66 % sont âgées entre 18 et 35 ans. La moyenne d’âge des femmes députés, de même que celle de l’ensemble du Parlement, est de 49 ans, alors que la plus jeune d’entre elles a 19 ans
24,5 % (79) appartiennent aux organes du Pouvoir populaire : 37 sont présidentes d’un Conseil populaire, c’est-à-dire qu’elles sont en relation directe avec le peuple
51,8 % sont des Noires et des métisses
6,8 % sont dirigeantes d’une organisation de masse et 5,2 % d’une organisation politique
15,8 % ont un emploi dans la production et les services
3,10 % appartiennent au secteur paysan et coopératif
17,7 % travaillent dans les secteurs de la santé et de l’éducation.
3,72 % se consacrent à la recherche.


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