… E estou a preparar-me para os não-Campeonatos do
Mundo de futebol na Rússia!
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Tema a merecer – talvez… ou decerto! – um tratamento
fino e aprofundado, em ligação com os Jogos Olímpicos, seus contextos, boicotes
e consequências... políticas!
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Para começar ou para deixar uma pista sobre os
“maquiavélicos” aproveitamentos dos grandes acontecimentos desportivos – pelas
enormes possibilidades de manipulação mediática de massas (“circos” do povo!) –, lembro os Jogos Olímpicos de Berlim de 1936 com a glorificação do estado nazi,
os Jogos Olímpicos de Moscovo de 1980 com o boicote à participação, os JO e
mundiais de futebol de 2014-16 no Brasil e suas consequências repercutindo-se no
que veio a ser o golpe contra a democracia de 2017.
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Agora, adivinha-se o anúncio de boicote ao campeonato
mundial de futebol na Rússia, com impacto na dita opinião pública mundial
complementar (e ainda mais “circence”)
da expulsão de diplomatas.
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Para o que se cria o ambiente…
Expresso de 24 de Março:
“
(…)
6 – E O QUE TEM MOURINHO A VER COM TUDO ISTO?
O treinador José Mourinho rejeitou convites das duas maiores
estações britânicas (BBC, ITV) e assinou um contrato surpreendente com a RT
para fazer análises e comentários durante o próximo Mundial. De acordo com o
“The Times”, o português receberá 1,7 milhões de libras (1,91 milhões de euros)
por cinco dias de trabalho. RT é o nomeda rede televsiva internacional Russian
Today, mas também há quem lhe chame Putin TV ou KGB TV.
A estação pública, com transmissões em inglês
desde 2005, é financiada pelo governo russo e é vista como um poderoso meio de
propaganda do Kremlin e da sua politica externa. Nos últimos anos, a entidade
reguladora para a comunicação social britânica (Ofcom) condenou várias vezes a
RT por violações graves das regras da objectividade e da imparcialidade ou por
transmitir conteúdo “materialmente enganoso”. “Qualquer figura pública com
respeito por si própria deveria boicotar aRT, diz Edward Lucas, especialista em
assuntos de segurança e vice-presidente do Center for European Policy Analysis.
O assunto chegou ao Parlamento. Muitos
deputados britânicos, aliás, são presença frequente nos estúdios deslumbrantes da
RT no centro de Londres (de acordo com as declarações de rendimentos, chegam a
receber mil libras por participação). O deputado e antigo ministro Ben Bradshaw
foi um dos mais críticos. Fez um pedido à administração do Manchester United, o
clube de Mourinho, para que esta convença o treinador a “não dar credibilidade ao
canal de propaganda do Kremlin”. Outro deputado trabalhista, Chris Bryan, apelou
directamente ao português: “Nenhum ser humano com decência gostaria de estar associado
à RT”.
Com o país embrulhado num thriller muito real de espionagem, traição,
envenenamento e guerra fria, o timing deste
acordo RT/Mourinho não poderia ser pior.”
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Ora aqui está um naco de peça de jornalismo que é uma verdadeira
lição de “objectividade” e de “imparcialidade”!..., transcrevendo declarações peremptórias
de “seres humanos com decência” e desprezando os “muitos” (?!) decerto indecentes mercenários que trocam
a “decência” (segundo eles...) por umas libras de contratos ou presença e participação (de deputados,
veja-se lá…) em canal de propaganda televisiva que justifica o anátema de ser conhecido
por Putin TV ou KGB TV (t’arrenego, Satanás!).
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E não digo mais!
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… por agora, porque tudo isto vai dar muito que falar.
1 comentário:
E é se ficar pelo falar...
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