terça-feira, março 27, 2018

Mundiais de futebol lembrando JO, nazismo e guerra fria


… E estou a preparar-me para os não-Campeonatos do Mundo de futebol na Rússia!

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Tema a merecer – talvez… ou decerto! – um tratamento fino e aprofundado, em ligação com os Jogos Olímpicos, seus contextos, boicotes e consequências... políticas!

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Para começar ou para deixar uma pista sobre os “maquiavélicos” aproveitamentos dos grandes acontecimentos desportivos – pelas enormes possibilidades de manipulação mediática de massas (“circos” do povo!) –, lembro os Jogos Olímpicos de Berlim de 1936 com a glorificação do estado nazi, os Jogos Olímpicos de Moscovo de 1980 com o boicote à participação, os JO e mundiais de futebol de 2014-16 no Brasil e suas consequências repercutindo-se no que veio a ser o golpe contra a democracia de 2017.

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Agora, adivinha-se o anúncio de boicote ao campeonato mundial de futebol na Rússia, com impacto na dita opinião pública mundial complementar (e ainda mais “circence”) da expulsão de diplomatas.

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Para o que se cria o ambiente…

Expresso de 24 de Março:


(…)
6 – E O QUE TEM MOURINHO A VER COM TUDO ISTO?

O treinador José Mourinho rejeitou convites das duas maiores estações britânicas (BBC, ITV) e assinou um contrato surpreendente com a RT para fazer análises e comentários durante o próximo Mundial. De acordo com o “The Times”, o português receberá 1,7 milhões de libras (1,91 milhões de euros) por cinco dias de trabalho. RT é o nomeda rede televsiva internacional Russian Today, mas também há quem lhe chame Putin TV ou KGB TV.
A estação pública, com transmissões em inglês desde 2005, é financiada pelo governo russo e é vista como um poderoso meio de propaganda do Kremlin e da sua politica externa. Nos últimos anos, a entidade reguladora para a comunicação social britânica (Ofcom) condenou várias vezes a RT por violações graves das regras da objectividade e da imparcialidade ou por transmitir conteúdo “materialmente enganoso”. “Qualquer figura pública com respeito por si própria deveria boicotar aRT, diz Edward Lucas, especialista em assuntos de segurança e vice-presidente do Center for European Policy Analysis.
O assunto chegou ao Parlamento. Muitos deputados britânicos, aliás, são presença frequente nos estúdios deslumbrantes da RT no centro de Londres (de acordo com as declarações de rendimentos, chegam a receber mil libras por participação). O deputado e antigo ministro Ben Bradshaw foi um dos mais críticos. Fez um pedido à administração do Manchester United, o clube de Mourinho, para que esta convença o treinador a “não dar credibilidade ao canal de propaganda do Kremlin”. Outro deputado trabalhista, Chris Bryan, apelou directamente ao português: “Nenhum ser humano com decência gostaria de estar associado à RT”.
Com o país embrulhado num thriller muito real de espionagem, traição, envenenamento e guerra fria, o timing deste acordo RT/Mourinho não poderia ser pior.” 

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Ora aqui está um naco de peça de jornalismo que é uma verdadeira lição de “objectividade” e de “imparcialidade”!..., transcrevendo declarações peremptórias de “seres humanos com decência” e desprezando os “muitos” (?!) decerto indecentes mercenários que trocam a “decência” (segundo eles...) por umas libras de contratos ou presença e participação (de deputados, veja-se lá…) em canal de propaganda televisiva que justifica o anátema de ser conhecido por Putin TV ou KGB TV (t’arrenego, Satanás!).

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E não digo mais!

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… por agora, porque tudo isto vai dar muito que falar.

1 comentário:

Justine disse...

E é se ficar pelo falar...