sábado, outubro 17, 2020

Comenta dor - breves notas em quase-diáro

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Ainda sobra matéria que acho necessário comentar, para que tenho o mote e vou tentar arranjar espaço. 

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Aquilo que me desafia a comentar é a peregrina medida da obrigatoriedade do app-stayaway covid.

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É tão absurda como tão inoportuna foi a outra ideia da substituição do presidente do Tribunal de Contas, e foi tão inoportuna uma e tão absurda outra que me fizeram desconfiar…

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Tenho de António Costa a ideia de um imaginativo político, possuidor de genes muito positivos e de intenções e práticas nem tanto assim, tal a vontade de subir, de carreira, de poder ser poder…

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A sua imaginação ainda se alimentaria de reminiscentes palavras de ordem como a de imaginação ao poder do Maio de 1968 no centro de Paris 

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E a primeira vez que pensei nisso foi já há alguns anos, quando atravessou a política autárquica portuguesa com estranhas (foi o mínimo a dizer) campanhas com mergulhos nas águas do Tejo e corridas na histórica (no ciclismo português) subida da Calçada de Carriche entre um candidato a autarca de Lisboa montado num burro e um Ferrari. 

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E, curiosamente (?) os dois candidatos a autarcas em 1989 e em 1993 (há tantos anos) chamavam-se Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa...

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Será que, de vez em quando, género golpe de asa para chamar a atenção para “outras coisas”, novas, novidades, estranhas, ou para dramatizar, ou para desdramatizar, ou para dramatizar de outras maneiras, se abusa da imaginação para manobras de diversão que pouco divertidas são, particularmente em momentos em que é mais essencial que nunca a informação consciencializadora?

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Neste tempo de informação manipulada e manipuladora já nada me admira!

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No entanto, se nada me admira, muito me indigna esta prática de democracia que, baseando-se no poder ao povo, tudo faz para que o povo seja mal informado, deturpadamente iludido, emprenhado de fé (ou de fés, e nenhuma inocente), menorizado, mero avalizador (pelo voto e abstenção)do que o convencem ser melhor para ele, desarmado de consciência cidadã, isto é,de ser capaz de escolher como seres humanos inFormados.  

 

4 comentários:

Olinda disse...

A OBRIGATORIEDADE da aplicação em causa merece uma profunda reflexão,pelo que tem de indignante e por servir de "fait divers"a respostas concretas sobre a pandemia.Bjo

Maria João Brito de Sousa disse...

Concordo!

Abraço

Anónimo disse...

Bons textos. E que engraçado, tinha lembrado isso anteontem, o mergulho do Rebelo e a corrida do Costa, os dois no poder, professor e aluno. Na altura não tiveram êxito mas chamaram à atenção e mantiveram-se nas redondezas até ganharem, o que demonstra que, com o tempo, poderiam recorrer a tudo para alcançarem o poder. Não é isto demagogia e populismo? Para quem vaidosamente se acha predestinado qualquer escrúpulo é um entrave à ascenção e a coisa pública é o divã onde se faz a conversa, muita conversa de nada.

Sérgio Ribeiro disse...

Obrigado pelos comentários.
Muito gostaria de saber quem é o anónimo que se lembra de coisas de que me estou a lembrar...