terça-feira, janeiro 30, 2007
Esclarecendo...
segunda-feira, janeiro 29, 2007
Olá!
sexta-feira, janeiro 26, 2007
Extractos...
É nessas alturas que me informo, através dos noticiários de meia em meia hora, e que vou ouvindo, distraidamente, alguma música. Nem sempre, apesar de distraído, a música que gosto de ouvir, pelo que, às vezes, mudo para a Antena 2. Isto quando as viagens são mais longas, não são apenas os percursos Zambujal-Ourém, Ourém-Pinheiro, Pinheiro-Zambujal.
Ontem, lá ia cumprindo os roteiros da rotina e entra-me pelos ouvidos um fado, cantado não sei por quem. Mas bem cantado.
E, de repente, uma inesperada pepita salta do meio da letra daquele fado.
Cantava ela que “por momentos, os teus olhos inquietaram os meus”.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
Notas num papelucho...
... enquanto estava (e participava) numa iniciativa pelo SIM no referendo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez:
- a desnecessidade do referendo e a sua inadequação a uma questão como a que se põe
- a hipocrisia de uns na convocação e de outros na campanha
- a questão não é, de modo nenhum, "ser por ou ser contra a vida"!
- sinto-me insultado quando põem em dúvida o meu gosto, o meu respeito pela vida, pela minha e pela dos outros quando outros e não antes de o serem
- aliás, temos de não cair na ratoeira dessas discussões verdadeiramente terroristas porque atentam contra a vida e o gosto e o respeito pela vida por não se pensar ou ter a crença que é a de alguns/mas que ninguém obrigará, em nenhuma circunstância, a fazer o que não está no seu pensamento, na sua crença, na sua consciência
- quando uma mulher engravida, nenhuma diz sou mãe!, diz vou ser mãe!?
- a opção - da mulher e do homem companheiro, este já descrimina(liza)do! - não é entre continuar a ser mãe (e pai) ou deixar de ser mãe (e pai)
- a opção é entre vou ser mãe (e pai) ou não vou ser mãe (e pai)... porque não posso (podemos) porque não tenho (temos) condições para, porque não quero (queremos!
terça-feira, janeiro 23, 2007
O animal moribundo
Às vezes, um livro é um texto nosso embora escrito por um entreposto escritor que escreveu o que teria sido escrito por nós se escritor fossemos.
Só alguns escritores são capazes de nos fazerem sentir que "isto foi (devia ter sido) escrito por mim", é nosso tal-e-qual.
Philp Roth é um deles.
Este "animal moribundo" sou eu em muitas páginas. Por exemplo, na página 39:
(...) um homem de setenta anos deve ainda estar envolvido no aspecto carnal da comédia humana? Ser susceptível ao que é humanamente excitável? Não é essa a condição outrora simbolizada pelo cachimbo e pela cadeira de baloiço. Talvez ainda seja um tanto afrontoso para as pessoas o facto de não se submeterem ao antigo relógio da vida. Tenho consciência de que não posso contar com o olhar virtuoso de outros adultos. Mas que posso eu fazer quanto ao facto de, tanto quanto me parece, nada, nada ser posto em repouso por muito velho que um homem possa ser?
sábado, janeiro 20, 2007
"Façam favor de ser felizes!" - José Carlos Silva na Som da Tinta
(gostámos muito de o ter em OURÉM,
mas parece que ele também gostou de cá ter estado…)
apareçam!
quinta-feira, janeiro 18, 2007
Truca-truca-se, com a devida vénia ao senhor... Segismundo
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Coisas... excertos de uma espécie de diário.
Era um circuito curto e chuviscava.
Apesar disso, não escolhi os mais directos caminhos e vi-me no largo da Igreja.
Já tinha escurecido o dia e sou atraído pelo “placard” luminoso ali posto pela "senhora câmara" para informar os passantes do que se vai passar no concelho.
Confirmo, luminosamente, que é o dia 16 de Janeiro de 2007, que são 18 horas e já muitos minutos, que a temperatura é de 11,5º.
Espero mais uns segundos e fico a saber que “vai haver” uma meia maratona de teatro em Pêras Ruivas… nos dias 7 e 8 de Dezembro de 2006 e que “vai haver” uma Feira de Antiguidades”... no dia 23 de Dezembro também ainda de 2006.
Fico pasmado. Debaixo do chapéu que me protege da chuva que está morrinhenta. E pergunto-me: quanto é que estará a custar esta “informação”, a 16 de Janeiro de 2007, do que “vai acontecer” em Dezembro de 2006!
terça-feira, janeiro 16, 2007
Coisas...
Ia acompanhado de alguma expectativa pois não entrara lá desde que as obras foram feitas e dadas por concluídas.
Ao passar a porta pensei ter-me enganado.
Pensei ter entrado numa livraria, numa nova loja que viera fazer concorrência à que, com sacrifícios mil, vamos mantendo, sobretudo como espaço cultural.
Mas o balcão, ao fundo, e caras que reconheci dos “antigos correios” (antes das obras), confirmaram-me que estava no que já foi um serviço público e ainda se chama “os correios”.
Só que há oferta de livros a quem vá comprar selos, despachar encomendas postais, trocar ou mandar vales também postais, e actividades correlativas.
Entretanto, enquanto se espera, pode escolher-se um livrinho para comprar, como se numa livraria estivesse, num largo leque de opções, pois não se fica, a oferta, por livros relacionados com a actividade postal e de serviço público do passado.
Assim vêm, os correios, juntar-se às grandes e médias superfícies, às estações de serviço e sei lá que mais, e também vender o que parecia, segundo critérios decerto obsoletos, estar reservado a “casas especializadas” chamadas livrarias.
Enquanto comprava selos, ainda perguntei à simpática funcionária se tinha recebido alguma formação para a nova tarefa de vender livros, como responderia a uma jovem que lhe pedisse, eventualmente, que a aconselhasse na compra de um livro para uma colega que fazia anos, ou a um pai em busca de leitura para o filho de 10 anos, mas ela só olhou para mim e sorriu, meio embaraçada.
Sai dos correios mais triste do que entrara.
Isto anda mesmo tudo torto... mas muito liberal!
domingo, janeiro 14, 2007
Confusões (nada inocentes)
* - árbitro com arbítrio
* - arbitrar com poder ser arbitrário e atrabiliário
* - autoridade com autoritarismo
* - um apito com uma régua ("menina de 5 olhos") para castigar mal comportados... ou cumprir certas e determinadas determinações bem (re)compensadas
* - poder transitório com poder lixar os outros (há outras formas de dizer isto, mas a "boa educação" recebida com o leitinho materno impede-me de passar à escrita o que, por vezes, sai pela boca fora)
e, já agora, há quem confunda
* - democracia com partidos (muitos, e quase todos partidos em várias facções, facciosos e sensibilidades) e votos sazonais
* - referendos com democracia directa
* - povo com turba (povo conturbado...)
* - estar eleito (e com mandato) com ser eleito (como o era o rei sol e outros que perderam a cabeça, tal como as respectivas consortes que tiveram azar)
* - elite com nata
* - iogurte com leite azedo
* - queijo de cabra curado com queijo de cabra também curado mas cremoso
* - agricultura com falta de cultura
* - uma enxada com um ancinho
* - foices e martelos (em boletins de voto)
* - as cores todas (sem ser daltónico)
* - a Lili Caneças com a Beatriz Costa que, ao que parece, de Caneças (ou dos saloios...) era
E, para não fazer mais confusões, fico-me por aqui, pelo Zambujal que não é perto de Caneças (não haja confusões...).
Pelo SIM, pois então!
cada confissão é uma pressão.
Cada defesa do NÃO é uma posição
a favor do sim ao aborto clandestino,
à criminalização de quem não tem posses para
“legalizar” – aqui ou lá fora – o que será crime
... mas só para quem não tem posses.
Cada não à descriminalização da IVG, é um sim aos desmanchos,
terminologia popular transformada em apostasia(**) do aborto.
Assim, não...
Assim, SIM!
_________________________________________
(*) – apesar das “recomendações” do sr. Cardeal Patriarca…
(**) – dicionário (à cautela...): “mudança de uma religião para outra; abjuração”.
sexta-feira, janeiro 12, 2007
Comité Central
Atento, embora de olhos baixos.
De repente, começo a ouvir uma vozes jovens a dizerem o que eu gostaria de ter dito - ou vir a dizer -, levanto os olhos, procuro localizar de onde vinham as vozes, e vejo umas caras bonitas correspondentes às vozes. Que lindo!
Isto vai.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
Albergando danados
à margem (mas não tanto) das "memória de economista"
Depois, faz-se a selecção e a maioria dos papeluchos vai, corajosamente, para o lixo mas também acontece encontrar-se matéria esquecida e reciclável, como este trechozito num guardanapo de papel já quase ilegível:
Em pequeninos viciaram-se no jogo do monopólio que os paizinhos lhes ofereceram.
Quando cresceram ajudaram os paizinhos a acabar com os – dito por eles – monopólios estatais, e a constituírem, reconstituírem ou reforçarem os monopólios privados, para eles e para outros como eles.
Agora, eles e os seus queridos filhinhos, netos queridinhos dos avós, jogam ao jogo da Bolsa e brincam às OPAs.
O vício continua e passa de geração em geração.
Mas a luta também!
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Intervalo
Sinhora, sinhor... u bilhetu du autocar aumentou... que disgraça!
Pois!... os "sinhores" não sabiam (não andam de autocarro entre o Zambujal e Ourém e volta...) mas não se admiraram. É assim a vida. E está torta. Muito torta.
segunda-feira, janeiro 08, 2007
Extractos...
Extractos...
A mensagem da passagem
passou
e mais não merecia,
foi uma mensagem de passagem de ano
de 2006 para 2007 (e parecida será com a de 2007 para 2008)
e foi uma mensagem cavaca.
Mas há quem queira
que a mensagem da passagem
fique,
como um marco político,
com o carimbo da genialidade cavaca.
Que de recados,
que de coerência,
que de sentido de Estado,
que de "exigências"
(em consonância com a “cooperação estratégia”, claro),
dizem eles,
os gajos que dizem coisas…
por todo o lado e onde querem que seja.
Que de fantochada!,
digo eu,
que não mereço "espaços nobres" da comunicação
para dizer coisas!
Extractos...
O novo (?), novíssimo!, conceito de “cooperação estratégica" tem o know-how, o copyright, a marca e o estilo de Cavaco, a chancela cavaca.
Abriu-se um capítulo novo, novíssimo!, na ciência política. O título será, no mínimo: “cooperação estratégica” (à portuguesa ou Sócrates escavacado e/ou Cavaco socrático).
domingo, janeiro 07, 2007
SIM, pelo sim e pelo não...
Eu sou, sem qualquer margem para dúvidas, pelo SIM.
E quero participar.
Porque não se trata de legalizar o aborto, mas de despenalizar a interrupção voluntária da gravidez.
Que, hoje, se faz em Portugal de forma gravemente polarizadora da discriminação a que as mulheres são sujeitas, e de que este aspecto é um dos mais gritantes, pela sua deshumanidade evidente.
Umas mulheres fazem abortos como se faziam na Idade Média, com talos de couve e sem quaisquer cuidados médico-sanitários.
(Corrijo-me, não fazem abortos mas desmanchos, o que a Igreja aceita como fatalidade e com naturalidade, enquanto que, na grafia de abortos, criminaliza tomando rédeas da campanha.)
Outras mulheres, que senhoras e donas são, fazem-nos, em toda a impunidade, em clínicas privadas, aqui e/ou onde quer que seja, com todos os cuidados que a modernidade lhes faculta – porque de meios dispõem – e, evidentemente, não são penalizadas.
Estou pelo SIM porque sim.
Mas também estou pelo SIM porque a campanha pelo NÃO atinge tal nível de manipulação e hipocrisia que, mesmo que tivesse dúvidas quanto ao SIM, diria SIM para dizer não a este NÃO.
Voltarei, claro, ao tema.
memória de economista - 6
sábado, janeiro 06, 2007
6ª (e última, obviamente) de 6 "sentenças"... discutíveis, claro!
memória de economista - 5
5ª de 6 "sentenças"... discutíveis, claro!
sexta-feira, janeiro 05, 2007
4ª de 6 "sentenças"... discutíveis, claro!
memória de economista - 4
De onde resultou, com a passagem da inflação verificada à inflação esperada, alteração subrepticiamente introduzida, que, em vez dos aumentos salariais serem para repor poder de compra – além de outras variantes como a do aumento da produtividade e a da repartição do Rendimento Nacional – servirem para compensar, por baixo, o que vai ser a esperada, por baixo, a perda do poder de compra.
memória de economista - 3
3ª de 6 "sentenças"... discutíveis, claro
e acrescentava que, tivessem os perseguidos força, não seriam perseguidos, tivessem razão ou não.
quinta-feira, janeiro 04, 2007
memória de economista - 2
E envergonha-me ver sempre Portugal como o "mais desigual" da "Europa", ali ao ladinho dos Estados Unidos.
E, pior, ser isso tomado como fatalidade (ou instrumento), e as políticas nada fazerem para o corrigir. Bem pelo contrário! Alegremente e sem vergonha.
Hoje, acordei triste e desaustinado... ature-me quem tiver pachorra
... mais um que se vai embora...
Irei, irei... mas não foi - ainda! - desta!
E viva o velho! Aqui para as curvas e na(s) luta(s).
2ª de 6 "sentenças"... discutíveis
memória de economista - 1
Nalguns casos/casas, custar o pão mais 20% pode fazer com que, menos sobrando para o resto, haja que comprar mais pão.
Se a memória (do economista) estivesse fresca, e não está..., até se lembrava do nome que tinha este paradoxo.