um blog pessoal. com o que vier à "rede".
do Zambujal e arredores, isto é, sobre nós e os outros, sobre Ourém e o resto do Mundo.
sexta-feira, janeiro 05, 2007
3ª de 6 "sentenças"... discutíveis, claro
3. Como dizia Brecht, não se é perseguido por se ter razão... e acrescentava que, tivessem os perseguidos força, não seriam perseguidos, tivessem razão ou não.
Afinal, já cá tinhas mais uma sentença e eu a dizer "aquilo" no OUREM. Olha, ou há qualquer coisa que não apanhei, mas discordo da primeira parte do que o Brecht disse: eu acho que muitas vezes se tem razão e se é perseguido exactamente por isso... mas quem sou eu para discordar do homem?
Mas o Brecht não diz o contrário disso: não diz que não se seja perseguido por se ter razão mas que, tendo essa razão, não se seria perseguido se se tivesse força, logo não se é perseguido por se ter razão mas por não se ter força... porque, se se tivesse força, apesar de haver quem quisesse perseguir quem tem razão outra (ou razões outras), estes não seriam perseguidos porque o facto de terem força levaria os perseguidores a não (poderem) perseguir. Será um bocado confuso, embrulhado, mas, apanhado o fio, é de enorme importância. Mas... vais ver as próximas "sentençaas"...
Esse Arnold é tramado: então é preciso juntar a força à força da razão... ... quer dizer, o indivíduo, isolado, pode ser tramado por mais e melhor razão que tenha. Já estou a ver o destino...
Parece-me que sim. A razão, por maior que seja, se não tiver força... não tem força... será perseguida, não (só?) por ser razão mas por não ter força. Aliás, a maior força da razão é a de ser de muitos, e mantém-se potencial enquanto os muitos nõa tomarem consciência de que, para não serem perseguidos - apesar da razão que tenham -, é a de terem a força de serem muitos. Isto é uma resposta (?) a correr e enquanto fecho a loja do Som da Tinta, onde estive de serviço. E um abraço
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6 comentários:
Afinal, já cá tinhas mais uma sentença e eu a dizer "aquilo" no OUREM.
Olha, ou há qualquer coisa que não apanhei, mas discordo da primeira parte do que o Brecht disse: eu acho que muitas vezes se tem razão e se é perseguido exactamente por isso... mas quem sou eu para discordar do homem?
Mas o Brecht não diz o contrário disso: não diz que não se seja perseguido por se ter razão mas que, tendo essa razão, não se seria perseguido se se tivesse força, logo não se é perseguido por se ter razão mas por não se ter força... porque, se se tivesse força, apesar de haver quem quisesse perseguir quem tem razão outra (ou razões outras), estes não seriam perseguidos porque o facto de terem força levaria os perseguidores a não (poderem) perseguir.
Será um bocado confuso, embrulhado, mas, apanhado o fio, é de enorme importância.
Mas... vais ver as próximas "sentençaas"...
Esse Arnold é tramado: então é preciso juntar a força à força da razão...
... quer dizer, o indivíduo, isolado, pode ser tramado por mais e melhor razão que tenha. Já estou a ver o destino...
Parece-me que sim.
A razão, por maior que seja, se não tiver força... não tem força... será perseguida, não (só?) por ser razão mas por não ter força.
Aliás, a maior força da razão é a de ser de muitos, e mantém-se potencial enquanto os muitos nõa tomarem consciência de que, para não serem perseguidos - apesar da razão que tenham -, é a de terem a força de serem muitos.
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