quarta-feira, setembro 26, 2007

10 tópicos de uma intervenção, ontem, na audição para a Conferência Económica do Partido:

1. a Conferência, oportunidade de revigorar o casamento (que tem de ser, este..., para toda a vida) do ideologico com o concreto (praxis)
2. o momento actual do capitalismo – as contradições e crise(s)
3. o ataque final ao “Estado social”, resultado de compromissos para uma “paz social”, reflexo de um estádio da relação de forças na luta de classes
4. a previsão do recurso a Keynes como salva-vidas do capitalismo
5. capitalismo --> capital não só na acepção material ou de sistema mas também na acepção de relação social de produção
6. a força de trabalho como mercadoria… mas mercadoria especial porque cria valor e mais-valia
7. a plena assumpção do Estado como sendo de classe
8. o lugar e o papel de Portugal na divisão europeia e internacional/globalizada do trabalho e do partido da classe operária e dos trabalhadores
9. este “rectângulo à beira mar plantado” e os “heróis do mar” mas não pescadores… que a pesca é para os outros e a gestão dos recursos marinhos para a “comunidade”
10. o local e a luta, a luta no local/nacional, as propostas de mudanças credíveis mas que nunca podem perder o objectivo da transformação social, da sociedade

7 comentários:

Anónimo disse...

Sérgio, obrigada por fazeres esta síntese tão bem feita. Assim, até eu percebo. Fiquei com um ponto de interrogação em relação a KeYnes. Então não é dele a teoria do "estado-providência"? Ou estarei a fazer confusão,o que é bem provável. Abraços aos três.

Justine disse...

O Sérgio irá responder-te na sua especialidade, eu respondo-te na minha: o "terceiro" está de pata inchada, coxeando e pedindo mimos, ainda mais que habitualmente. Entregarei o abraço, aceito o meu e retribuo com um beijinho

Anónimo disse...

Ai, o que aconteceu ao gato "mas hermoso" da penìnsula?

Sérgio Ribeiro disse...

Querida amiga,
o Keynes é o economista que veio em socorro do capitalismo com uma teoria da "procura efectiva", combatendo o desemprego com a intervenção do Estado na economia.
Em duas palavras é o que se arranja.
Abreijos

Justine disse...

El gatito deve ter metido a pata onde não devia e foi entalado, ou pisado, ele não nos quer contar. Mas hoje já está muito melhor, já saiu da "enfermaria" e já deu uma volta no jardim. Agradece o cuidado e manda uma lambidela...

miguel disse...

keynes não é o autor da teoria da "mão invisível"? Ou seja, o teórico que anunciou que ninguém se preocupasse com o rumo do capitalismo que o mercado auto-controla os seus excessos e, em última análise, aparace o estado "peso-pluma" para lhe emendar a mão. mas sempre, sempre no sentido da manutenção do equilíbrio do capitalismo - uma espécie de malthus dos tempos modernos.

Anónimo disse...

O da "mão invisível" é bem anterior... é Adam Smith.
Keynes é o da "mão do Estado" a ter de regular o que a "mão invisível" não regula.
Por isso... está a ser preciso que a tal "mão invisível" está desastrada.
Isto digo eu...