... para as pessoas (melhor diria, as gajas e os gajos) que se sentam num banco de espera (na Rodoviária, por exemplo) ocupando o espaço a que teriam direito e mais os adjacentes... não pelo volume do corpo, não por qualquer deformidade, mas pelos volumes que depositam ao lado, pelo modo como distribuem o corpo pelos assentos, em suma, por desrespeito pelos outros;
... para as pessoas (melhor diria, as gajas e os gajos) que param os carros nos lugares de estacionamento parecendo que o fizeram procurando que, daquela maneira – e só daquela –, o seu carrinho tome o espaço em que caberiam três... não pelo tamanho da viatura, nem por dificuldade de manobra, mas por “comodidade”, por imbecilidade, em suma, por desrespeito pelos outros.
... para as pessoas (melhor diria, as gajas e os gajos) que param os carros nos lugares de estacionamento parecendo que o fizeram procurando que, daquela maneira – e só daquela –, o seu carrinho tome o espaço em que caberiam três... não pelo tamanho da viatura, nem por dificuldade de manobra, mas por “comodidade”, por imbecilidade, em suma, por desrespeito pelos outros.
4 comentários:
Tens razão. Parece que há cada vez menos pessoas e, na razão inversa, vamos ficando rodeados de "gajas e gajos", que se julgam os donos do mundo ou pelo menos, que o mundo gira em torno dos seus umbigos (se é que os têm... às vezes suspeito que não nasceram de mãe nenhuma!!!). O problema é que são destes, os que tomam os poderes. Sem educação, sem escrúpulos, sem valores, sem nada a não ser a cupidez e a arrogância. Vão estragando todo o mundo, o dos outros primeiro, o deles também mas, são tão ignorantes, que acho que nem chegam a dar-se conta disso...
Na realidade o civismo hoje em dia, ultrapassa o selvagem.
Há desrespeito em todas as idades, não! não só são os jovens a prevaricar na educação!
Aqui para estes lados, quando alguém tem direito ao banco (comboio), ou se depara com o tal condutor comodista e egoísta ninguém se cala, é via directa, o que se sente lesado profere umas palavras em “português suave!”, mas por vezes nem assim!
GR
fruto provavelmente do contexto social em que vivemos, em que o individualismo é a nota dominante da convivência.
a sensibilidade para os outros também advém da educação e da filosofia dominantes.
e essas são as da classe dominante... portanto, está tudo dito. é uma pena.
curiosidade: um camarada uma vez contou-me sobre uma experiência sua na República Democrática da Alemanha. Contava o camarada que à entrada das escadas do metro era comum ver-se mães empurrando carrinhos de bebés pararem no topo dessas escadas.
Essas mães esperavam naturalmente a próxima pessoa que, sem excepção, pousaria as suas malas ou pastas e seguraria na frente do carrinho ajudando a mãe a descer as escadas. sorrisos e conversa, claro. mas nunca era necessário pedir. o próprio facto de ali estar parada no topo das escadas indicava ao próximo trauseunte que aquela mãe precisava de ajuda. de seguida, o ajudante tornava a subir a escadaria para ir buscar as coisas que ali tinha deixado de forma a poder pegar o carrinho.
diferente, hein? cultura de classe dominante...
Estou inteiramente de acordo contigo, pedras contra canhões.
É isso; a cultura de classe dominante... domina. Por fora e por dentro de nós.
Quem vê televisão, quem ouve rádio, quem lê jornais, bebe o leitinho da cultura da classe dominante. O individualismo impera, a competitividade marca as relações entre explorados, a produtividade é a medida na escala lucros para o capital investido ou só especulativo.
Àquele meu desabafo (que não renego, que reitero bem como à necessidade dos tais cursinhos) faltou-me a dimensão que tu lhe deste.
Obrigado.
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