segunda-feira, setembro 10, 2007

De volta

Aqui estou. De volta a esta cadeira e secretária e computador. Corpo cansado e "baterias cheias". Claro que vou falar da Festa. Mas antes de o fazer, quero deixar um pequeno apontamento que tenho aqui pelos papeis onde guardei algumas impressões que não queria que se perdessem no aperto dos abraços, na alegria dos reencontros anuais, pelos Setembros de cada ano.
Como nos anos anteriores, estive na Festa enquanto se construia a cidade que a ia acolher. Este ano, uma tarefa - participar na emissão, em directo, da rádio comunic - levou-me à Atalaia na véspera, na quinta-feira. E, depois de cumprida a tarefa, andei por ali. Horas, passeando devagar, calmamente, observando, respirando aquele "ar de Festa" que se está a fazer antes da Festa começar, e a que dei um título que já várias vezes usei porque há, sempre, a festa da Festa antes da Festa:
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A festa da Festa antes da Festa

Há os que se vê mesmo que são profissionais que aqui estão a aplicar alegremente, livremente, o que, noutros sítios, têm de vender – a sua força de trabalho;
há os que se vê mesmo que, na chamada vida que vidinha é, não é isto que fazem, e procuram, desajeitadamente, ajudar, fazer o que nunca aprenderam a fazer;
há os que, tronco nú ou com pedaços de panos cobrindo os seios, se passeiam, sem fazerem esforços para disfarçar, embora de vez em quando dêem uma mãozinha...;
há os que orientam, e andam num virote,... orientando, umas vezes bem outras vezes talvez, pegando as pontas todas – e tantas são -, e que são os "responsáveis";
há os que aqui passaram as férias, e são os que exibem o “bronze da festa”, que conhecem todos os cantos à casa e são homens e mulheres para todas as tarefas;
há aquele grupo de jovens, ali sentadas no espaço do palco 25 de Abril, à roda de uma garrafa de água (sim, naquele caso era de água!), conversando animadamente;
há os que ensaiam, lá em cima, no palco grande – agora, é o Sérgio Godinho –, pára aqui, recomeça ali, e cá em baixo, por perto, atentos, está quem esteja a ouver o espectáculo e a aplaudir e a trocar "bocas" com os de lá de cima;
há um ambiente outro, e há uma palavra que me toma e que quer ser escrita: camaradagem! C’est un joli nom, camarade!, como cantava o outro que é francês (o Jean Ferrat);
há uma frase que retiro e retenho de paredes levantadas e acabadas de pintar: “A paz não sai na raspadinha”;
há esta outra e muitas mais: “O imperialismo é a véspera da revolução social do proletariado. Isto foi confirmado à escala mundial desde 1917” - Lenine (e, por isso, este ano com alegria e confiança assinalamos, como o devemos, o 90º aniversário da grande revolução);
e há eu, que por aqui ando como se estivesse no céu... se céu houvesse para nele humanos passearem.

6 comentários:

Maria disse...

E houve um passeante da Festa com um cartaz pequeno mas bem empunhado, que dizia

"É fechando escolas ca gente aprende"

Gostei de ter visto este passeante, anónimo e baixinho, de cartaz em riste lá para os lados do Palco 25 de Abril...

Um abraço

Sérgio Ribeiro disse...

Não o vi... que pena. Acho excelente. Mas houve tanta e tanta coisa excelente. Esta é que é a Festa das excelências... e não de "suas excelências"...
E não te vi!
Como é foi possível? E fomos - Justine e Mounti - à Bolívia, como combinado, e procurámos-te.
Manda-me, pf., um mail ou entra em contacto comigo por outra via.
O abraço que ficou por dar.

Maria disse...

Vi-te, sozinho, na sexta feira à hora de jantar, em Santarém. Mas tínhamos combinado sábado, e por ali me fiquei.
Não tens endereço no teu perfil. Vou tentar descobri-lo por outra via.
Logo à noite, tarde na noite, vou até Caldas da Rainha, e depois sigo na quarta feira para a Berlenga, onde vou "lavar a cabeça por dentro" durante o tempo que o mar permitir...
Quando voltar retomarei a presença aqui, e "mailo-te".

Abraços

GR disse...

Cheguei!
Cansada, mas muito feliz!
“Foi bonita a Festa pá, com a nossa gente...”
Bonita e mais um grande sucesso!
Por acaso também vi, o camarada baixinho, já com alguma idade, firme no transporte do cartaz, bastante artesanal mas, com grande mensagem.
Sou testemunha que a Justine e o Mounty te procuraram, penso que houve uma incorrecção nas horas, por parte de quem??? não foi do Mounty nem da Justine!
Maria,
foi pena não veres estes dois gatões lindos! Eu sempre tive mais sorte!

GR

Anónimo disse...

Viva Camarada Sérgio
è com muito gosto que aqui escrevo e participo na festa, infelizmente só do lado de fora.
Escrevo aqui, porque tive que me revoltar com os pouco cabeçalhos acerca da festa... os jornais, as revistas e as televisões quem nem uma das centenas de aspetos positivos da festa, para não falar da «boa onda desta festa», tiveram para realçar.... é pena que assim seja ! e infelizmente, se nada se fizer .... a situação só vai piorar, porque o poder dos que tudo querem, e não lhes chega, assim o dita...
Abraço
sérgio pereira

Anónimo disse...

E que grande Festa que foi.. como sempre, mas cada vez melhor! E este ano que nos (re)encontrámos! Que bom que foi.

Até breve!
Rita Santos