Um manto de silêncio cobre as Honduras. Pretende-se que não se fale do que lá se passa. Como se, com as eleições que ninguém levou a sério, se tivesse voltado a uma normalidade. A uma normalidade que não tem nada que se lhe diga.
Mas tem! Há uma resistência que continua. Ensurdecida. E uma repressão surda, porque põe silenciadores nas armas que disparam.
Há mais de um mês os trabalhadores da Universidade Nacional estão em greve, por um novo contrato colectivo e contra a pretendida privatização, as manifestações sucedem-se, a Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado (FNR) não desmobiliza. Pelo contrário.
Entretanto, sucedem-se os assassinatos. O último, a 23 de Março, foi o de um professor, José Manuel Flores, membro fundador do Partido Socialista Centro-americano (PSO-CA), abatido a tiro no local onde leccionava. O que provocou uma greve geral dos professores.
Mas, antes, e neste ano, conhece-se o nome de dois sindicalistas e cinco jornalistas que foram assassinados. Por para-militares, em total impunidade, à maneira colombiana. E o que pode parecer estranho é que não haja divulgação ereacção na comunicação social internacional, que tudo pode leva a todo o lado a todo o momento. Sobretudo quando se trata de oficiais do mesmo ofício:
David Meza, Rádio El Patio, Nahum Palacios, televisão de Aguán, Joseph Ochoa, Canal 51 de Tegucigalpa, e José Bayado Mairena e Victor Manuel Juárez, ao concluirem o seu serviço de noticiário na Rádio Súper 10.
1 comentário:
Entretanto os grevistas de fome cubanos são largamente noticiados apesar da tentativa de salvamento das suas vidas. 2 pesos e 2 medidas é assim que vai funcionando a nossa informação.
Um beijo.
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