sábado, abril 30, 2011

35º aniversário da Constituição da República Portuguesa - 7

Teria sido, a Constituição da República Portuguesa, uma tentativa, talvez histórica, de consagrar a correcção da historicamente idiossincrática postura portuguesa no mundo.

Esta vocação nossa de abrirmos caminhos, de nos atirarmos ao trabalho, enquanto povo e Estado, de vivermos do ouro do Brasil num mercantilismo “bullionista”, dos fundos comunitários para não produzirmos, enquanto outros aplicavam ouro em processos de acumulação primitiva, e aproveitam o vazio criado pela nossa não-produção, pelo não aproveitamento dos nossos recursos, para encherem esse vazio com o(s) produto(s) da sua vocação outra, de financiamento para a acumulação.
Dir-se-á o mesmo de outro modo ao dizer-se que temos o (mau) hábito de viver, ancestralmente e, de tempos em tempos, abusivamente, acima das nossas possibilidades, ou melhor, dos nossos merecimentos ou direitos. Corroboraria, com a reserva peremptória de que nem todos, que a maioria não, e que não é uma fatalidade ou um fado.


(pgs. 37 a 39 de 71 páginas A5

- algumas apenas com uma frase)

2 comentários:

Pata Negra disse...

Depois do Brasil, a Europa! E agora?! A Lua!? Ou a rua?! Ou a estrada?! Ou a cidade?! Ou o campo!? Ou nós próprios?! Havemos de ser mais eu bem sei!
Um abraço resigão mas não resignado

Graciete Rietsch disse...

Amanhã,dia de luta. Temos que nos portar à altura da nossa razão.

Um beijo.