Intervenção [foi mais ou menos assim... como a "passei a limpo" no voo(u) de regresso] em Bruxelas, a 31 de Março de 2011, na GUE/NGL (grupo a que pertence, confederadamente o PCP) Conference on SOCIAL EUROPE - crisis & EU Governance: the left response
Obrigado, senhor presidente,
Uma dúzia de anos de tarefa nesta frente de luta não me é indiferente, e é com alguma emoção que volto a estes lugares, a este Parlamento. E passo já ao tema, dado o pouco tempo.
Perante um processo histórico objectivo, o caminho percorrido, do “mercado comum” a esta União Europeia, foi sendo resposta de classe, condicionada pelas relações de força sociais mutáveis.
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Financeirizou-se bancariamente até à demência, em desfavor da produção de riqueza e, por isso e para isso, dos trabalhadores.
Cito expressões significativas de um momento decisivo desse percurso:
• núcleo super integrado-periferias
• duas velocidades
• coesão económica e social.
A “crise” veio – ou pode ter vindo - clarificar, em situação de catástrofe e “quase-colonial” (como acabei de ouvir*, no uso de caracterização que começa a ser de alargada utilização).
Confirmam-se análises marxistas sobre o funcionamento do capitalismo.
Do Conselho Europeu de 24/25 de Março, e da sua declaração e anexos, resultou uma demonstração documental do domínio do grande capital financeiro, com o pacto euro mais e a criação do mecanismo europeu de estabilidade, que obriga a alteração no ratificado Tratado, a consagrar uma “troika” Comissão, BCE, FMI, FMI que, assim, se introduz, institucionalmente nos mecanismos ditos comunitários.
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Que alternativas?
Retomo o final de intervenção na iniciativa do Grupo em Lisboa, no preciso dia 25 de Março.
A esquerda só poderá conceber essa resposta no quadro de uma luta.
Antes de mais, de massas, com as massas, com os trabalhadores, com os povos.
A nível e representação institucional, pela negociação entre Estados-membros soberanos, nomeada e urgentemente a negociação firme da participação na UEM (e sem exclusão de alternativas), com a questão nuclear do euro e da dívida, sem abstrair de todo o processo de endividamento.
Também a cooperação entre Estados vítimas do caminho percorrido de divergência, bem ao contrário das promessas de convergência, que nem nominativa consegue ser, e é o seu inverso regional e socialmente.
Há uma luta a continuar, nalguns casos a retomar!
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* - John Monks – secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos
(pode ser "ouvista" aqui, entre as 2h e 31 m e as 2h e 37 m)
7 comentários:
Convencer os mais das alternativas de esquerda - eis a pedra que temos para partir!
Mas já cá estás?! Então ajuda a apagar o fogo! O fogo, não! O fumo!
Isto vai cá uma fumaça!
Um abraço com tosse! Isto, a situação, a conjuntura, a crise, não me aquece nem me arrefece, dá-me tosse!... O lenço a acenar o adeus... a mão erguida... não tenho a boca protegida... desculpem lá, não ia virar-me para os meus!....
Já dei o abraço?! Então, até...
Eles querem lã saber das massas...do povo!
Gostei de ouvir e de te ver e ficamos cá com um orgulho, o nosso Partido esteve muito bem representado.
Já enviei para todos.
(ver e ouvir aos 02:32:02)
Gd Bj,
GR
Afinal não estamos sós, Camarada!
Temos, na Europa, muitos que pensam como nós, muitos que vêm o Mundo como nós o vemos.
A luta continua, lá como cá!
Um abraço desde Vila do Conde,
Jorge
É preciso realizar encontros destes... e fazer com que se saiba que se realizam. Cada vez mais.
Abraço.
Camarada Samuel,
Concordo plenamente. É uma das tarefas do Partido, que é o nosso!
É precisamente por isso que o Camarada Sérgio não tem um minuto de descanso, sempre de um lado para o outro.
Já estamos com saudades de o "ouver" aqui pelo Norte.
Um grande abraço desde Vila do Conde,
Jorge
A continuar, a retomar... e cada vez com mais força.
Um abraço grande.
Camarada Sérgio, não sei que dizer para além de te envar um abraço de sincera admiração pelo grande contributo que dás à luta.
E também um beijo.
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