Teria sido, a Constituição da República Portuguesa, uma tentativa, talvez histórica, de consagrar a correcção da historicamente idiossincrática postura portuguesa no mundo.
Esta vocação nossa de abrirmos caminhos, de nos atirarmos ao trabalho, enquanto povo e Estado, de vivermos do ouro do Brasil num mercantilismo “bullionista”, dos fundos comunitários para não produzirmos, enquanto outros aplicavam ouro em processos de acumulação primitiva, e aproveitam o vazio criado pela nossa não-produção, pelo não aproveitamento dos nossos recursos, para encherem esse vazio com o(s) produto(s) da sua vocação outra, de financiamento para a acumulação.
Dir-se-á o mesmo de outro modo ao dizer-se que temos o (mau) hábito de viver, ancestralmente e, de tempos em tempos, abusivamente, acima das nossas possibilidades, ou melhor, dos nossos merecimentos ou direitos. Corroboraria, com a reserva peremptória de que nem todos, que a maioria não, e que não é uma fatalidade ou um fado.
Dir-se-á o mesmo de outro modo ao dizer-se que temos o (mau) hábito de viver, ancestralmente e, de tempos em tempos, abusivamente, acima das nossas possibilidades, ou melhor, dos nossos merecimentos ou direitos. Corroboraria, com a reserva peremptória de que nem todos, que a maioria não, e que não é uma fatalidade ou um fado.
(pgs. 37 a 39 de 71 páginas A5
- algumas apenas com uma frase)
2 comentários:
Depois do Brasil, a Europa! E agora?! A Lua!? Ou a rua?! Ou a estrada?! Ou a cidade?! Ou o campo!? Ou nós próprios?! Havemos de ser mais eu bem sei!
Um abraço resigão mas não resignado
Amanhã,dia de luta. Temos que nos portar à altura da nossa razão.
Um beijo.
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