O convite/convocatória era para Aljezur. E em Aljezur concelho foi, mas na freguesia de Odeceixe.
De manhã, cinzenta, passeámo-nos por Aljezur histórica, pelas ruelas carregadas de séculos, pelo castelo, pelas portas dos museus fechados, por uma pequena vila em manhã de domingo, com alguns poucos turistas mais afoitos que o sol estava arredio e o ar húmido e por vezes com uns ameaços de chuva.
Depois, os 18 quilómetros para Odeceixe mais os complementares para ir até à praia, ainda numa de turismo. Um almoço simpático (com risos à mistura) num pequeno restaurante com vista (bela, bela) para o areal deserto e o mar meio a brincar meio a sério.
Seguiu-se o encontro com os os camaradas e a ida para o centro de trabalho. Depois. uma conversa animada. Entre 16 camaradas (talvez um ou dois não o fosssem...). Procurei ser o rastilho da conversa e terei, como quase sempre, abusado da introdução (mas falar numa hora, de matéria que não cabe num semestre.. é obra!), e, num ambiente de convívio muito agradável, conversou-se sobre o que nos preocupa e motiva. Da luta em que estamos, na continuidade de tantos antes de nós, com a certeza que outros nos seguirão. No caso do Centro de Trabalho de Odeceixe, essa continuidade foi visível, palpável, num ambiente de convívio, num espaço tornado muito agradável, com alguns pequenos e reconfortantes sinais de delicadeza e bom gosto.
Em relação a Albufeira, além de outras diferenças muito marcantes entre espaços igualmente estimulantes, a média etária dos participantes desceu para menos de metade.
Retive a reconfortante vivência da enorme diversidade entre dois CT de um mesmo distrito, com não muitos quilómetros a separá-los. É este Partido, em luta, por que tomei partido. Pela, e com, a classe operária e todos os trabalhadores. E uma base teórica, que tenho o dever de estudar e conhecer melhor que muitos e com muitos conversar, ensinar e aprender. Aprender, aprender sempre!
Foram mais de quatro horas! A que se seguiram outras tantas, em grupo mais reduzido, em conversa mais voltada para problemas vividos na nossa organização interna e responsável, num jantar que se prolongou. Familiarmente.
E pronto. Agora, depois de algum repouso, o regresso a casa.
4 comentários:
Aljezur, Arrifana, Odeceixe, Trazem-me ótimas recordações . No verão passado passei por aí 8 dias de férias com a minha filha Susana, o companheiro Miguel e a minha amiga Helena Gnzalez. Foram dias muito bons. Encantou-me a beleza e a paz daquela região ainda pouco colonizada pela ganância dos homens do dinheiro. Politicamente já esteve melhor mas pode ser que voltem ao percurso anterior, ainda mais com a tua ajuda.
Um beijo.
Esse Algarve tem o que se lhe diga. Esse Algarve sereno, do povo, da solidão da serra, da dureza da pesca, da beleza e simplicidade...
O outro Algarve, o das violentas torres de apartamentos, corrupção, xico-espertismo e alienação e "muito dólar muita gente que dá lucro aos milhões"... também tem o que se lhe diga, mas por uma questão de decoro... é melhor não! :-)))
Bela tournée, belo trabalho!
Abraço.
É nesses momentos que melhor sabe regressar a casa...
Um abraço.
Correu tudo bem, menos o Sol que se escondeu, ficaria muito bem nesse teu passeio em trabalho.
Muito importante que a faixa etária tenha descido, mas como foi possível? os adolescentes cresceram e não saíram da região? Aqui, no concelho com mais desemprego do país tantos jovens estão a emigrar, desde médicos a profissões indiferenciadas. Neste momento “para nós” jovens (mesmo que já adultos) são muito necessários.
Quatro horas? Sorte para quem assistiu, cansaço para ti. Mas pelo que leio valeu a pena.
A última parte é sempre mais participada e alegre.
Agora uma boa soneca com o Mounty e ficas restabelecido.
Bjs,
GR
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