sexta-feira, abril 22, 2011

De "dias de agora"

Pequeno extracto de uma espécie de diário "dias de agora", que se segue a "dias incomuns", "os primeiros dias" e os "primeiros dias seguintes":




(...)


Se o capitalismo não fosse o que o capitalismo é, não tinha nada contra o capitalismo.


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Mas o capitalismo não é o que alguns querem que seja, ou que alg(uns)outros querem que muito(s)utros creiam que o capitalismo é.


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Por isso, e assim sendo, sendo o capitalismo o que é, tomei partido contra o capitalismo, e pela classe que o capitalismo fez nascer das suas entranhas, pelo proletariado.

5 comentários:

Amigo disse...

Porque razão sentes necessidade permanentemente de estar a auto- justificar, até parece que nós já alguma vez te colocamos em dúvida. Ou queres te demarcar de alguma coisa, com o qual não concordas e mandas estes SINAIS?

Um amigo

Sérgio Ribeiro disse...

Sem qualquer intenção de me auto-justificar, diria que procuro permanentemente exercícios de auto-crítica.
Por outro lado, tenho um grande prazer de, com as palavras - que conceitos são -, encontrar formas (talvez literárias ou literatas) de dizer de os caboucos das minhas opções de vida e comportamentos, as razões da minha pertença aos colectivos, do partido que tomei para a vida.
Assim interpreto e leio o que vou escrevendo. Comentários como este, que leio em coerência com a identificação escolhida - amigo -, acolho-os como estímulos para melhor me/nos conhecer/mos.
Por tudo isto, que em poucas palavras procurei pôr - e por enquanto - obrigado.

Amigo disse...

mas quais são os erros que permanentemente cometes, para que tenhas necessidade de recorrer permanentemente á auto-critica, a não ser que não defendas diáriamente, como pensas que deves defender e que por isso tenhas que recorrer à auto-critica permanentemente, para aliviares problemas de consciência. Se é por este motivo, então compreendo o teu procedimento.

Aliás, já o Partido recorre permanentemente a esta prática...

Sérgio Ribeiro disse...

Há, aqui, um desentendimento ou um não coincidente entendimento:
Fazer permanentemente auto-crítica não se reduz, de modo nenhum, à procura de erros e, muito menos, à busca de alívio de consciência, eventualmente pesada.
Assim a entendo e procuro praticar:
como correu o dia?, como fiz esta tarefa?, como me saiu esta intervenção?, o que não tem, necessaria e redutoramente, a ver com... o que é que eu fiz de mal?, que erros cometi?
E até considero, ao contrário do que se deduz da tua avaliação, que o Partido nem sempre recorre suficientemente a essa prática. Aliás, junto - "linco" - duas expressões i) auto-crítica individual e colectiva, e ii) vigilância revolucionária. E não estou a tergiversar...

Continuo a agradecer.

Graciete Rietsch disse...

A auto-crítica deve ser um imperativo de cada um em todos os actos da vida.
Eu faço auto- crítica na minha actividade diária e sinto-me bem com esse procedimento, porque procuro sempre melhorar e não só justificar qualquer atitude.

Um beijo.