Foi mesmo um DIA GRANDE. À medida do 25 de Abril.
Durante a viagem a caminho de Lisboa, parámos numa estação de serviço e olhámos os títulos das primeiras páginas expostas. Estaríamos mesmo no dia 25 de Abril, ou estaríamos enganados?
Não. Enganados não estávamos no dia, mas no ano estariam os jornais enganados. Atrasados 38 anos. Deveriam ter mandado as suas primeira página à censura. Como o faziam nos 25 de abris de 1973 e antes. Na amostragem que tive debaixo dos olhos, apenas o i dava destaque ao dia (deste ano posterior a 1974), mas com uma chamada para a primeira página de uma frase de uma entrevista que deveria estar lá nas páginas de dentro, em que Otelo Saraiva de Carvalho dizia que o seu principal inimigo tinha sido Álvaro Cunhal.
Palavra que fugi da banca...
E fiquei com esta atravessada. Nem sei se como (ainda...) alguma surpresa, se como repulsa pela confissão tardia.
Depois, foi um almoço entre camaradas. Em convívio fraterno no Centro de Trabalho Vitória, com uma intervenção bem à medida do DIA GRANDE. Do Jerónimo de Sousa. A "jogar em casa", com a sua gente.
Uma excelente intervenção no dia de celebração do "golpe militar que o povo, junto com o MFA, transformou em revolução" e numa altura em que a "confiança no povo" é a unica resposta para este "tempo inquietante" de "troika mandante e de troika obediente". Com a afirmação de que, nas eleições que se aproximam "a grande novidade é a CDU".
E, a seguir, a grande festa dos encontros e dos abraços na nossa avenida da liberdade.
No regresso a casa, em viagem dormida no "expresso", um outro reencontro com a "informação" que temos. Com uma irreconhecível Avenida da Liberdade, para quem a viveu nossa, com grande relevo (e comentaristas de serviço em profusão) sobre o dia de hoje em Belém, num espaço de falsos consensos, de uniões nacionais (ou com outros nomes) que são, efectivamente, esforços de ataque à soberania do povo, de exclusão do povo da soberania que é sua, de menosprezo pela gente que é o 25 de Abril! De 1974 e depois.
6 comentários:
Tal como dantes lutaremos contra a União Nacional.
Estávamos lá muitos, para sabermos e dizermos que não foi assim como os jornais queriam que tivesse sido...
Também esteve muito boa a manifrstação no Porto. Muita gente e entusiasmo.
Um beijo.
Foi um grande dia, estou a ver.
E em Avis?!
Depois conto...
Abraço.
Desta vez, não fui ao pirata. O comício era no Rossio e eu cheguei cedo, sentei-me na gelataria preferida da Z. e fiquei e reler o "Assim foi Temperado o Aço" até às 4 h. Depois, rumei ao local dos discursos e aproveitei para ver o desfile que vinha do Marquês.
Por tudo isto, desta vez não piratei com vocês, e senti falta. Paciência, fica para a próxima.
Campaniça
Por cá cheirou a norte reaccionário.
Pela 1ª vez não foi respeitado o feriado, o comércio todo aberto e a feira semanal, muitos paspalhos a comprar.
Não fosse o PCP e nada acontecia.
Almoço comemorativo, Evocação no Monumento aos Resistentes de Abril com intervenções e colocação de um enorme ramo de Cravos. Muita música e a Grândola.
Como gostaria de estar em Lx , na Pirataria e dar muitos abraços e dizer aos Resistentes,
Obrigada camaradas, vou/vamos Continuar a Lutar!
Gd BJ
GR
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