Banca deve menos dois mil milhões ao BCE Marta Marques Silva 13/04/11 00:05 ________________________________________
É a primeira queda mensal desde Novembro de 2010. Os bancos nacionais cortaram a factura junto do Banco Central Europeu (BCE) em dois mil milhões de euros, no mês de Março. De acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal, a instituições portuguesas devem agora 39,1 mil milhões de euros, naquela que é a primeira queda mensal desde Novembro. O BCE é, desde há quase um ano, a principal fonte de financiamento dos bancos portugueses mas Jean-Claude Trichet, presidente da instituição, já sinalizou por várias vezes a necessidade da banca diminuir a dependência do financiamento comunitário. Nos últimos meses, os bancos portugueses têm diversificado as fontes de financiamento, principalmente através do recurso à venda de activos com acordos de recompra e da titularização de carteiras de créditos. Em Janeiro, os bancos nacionais tinham 7,9 mil milhões em venda de activos com acordo de recompra, o que compara com 5,2 mil milhões no mês homólogo e 1,6 mil milhões em Janeiro de 2009.
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Paro para pensar.
Reflictamos um pouco.
Comecei por conhecer e usar - e, depois, estudar - os bancos como os locais, entidades, instituições, que substituíam os "pés-de-meia", os "fundos-de-colchão", as "gavetas-das-sobras", os sítios onde se depositavam as nossas "economias", para ficarem mais seguras. Também para desses depósitos do que era nosso, recebermos umas pequenas retribuições, variáveis segundo o tempo que possibilitávamos a essas entidades de usarem o que nosso era nas suas actividades. Ou seja, para emprestarem a outros o que a elas emprestávamos, recebendo também uma retribuição pelo que, sendo nosso, emprestavam a outros - ou a nós mesmos... -, isso sendo a sua vocação, disso fazendo o seu negócio.
Estou a escrever sobre "spreads", sobre movimentos que têm, agora, nomes esquisitos. Porque as coisas se foram complicando, como as denominações, como a vida, como as relações sociais. Mas não deixaram de ter essa matriz, de se fundarem no que é nosso, fruto do que tudo cria, do nosso/humano trabalho, e que, sendo nosso, outros usam em seu proveito e em nosso desfavor!
Por aqui fica, por agora, a reflexão.
1 comentário:
"Reflexões lentas..." mas interessantes.
Nunca tinha pensado nestes termos.
Muito se aprende e se apreende neste "cantinho" da blogosfera.
Um abraço desde Vila do Conde,
Jorge
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