Isto é a dialética! Salvo seja... É quando, e de onde menos se espera, saltam surpreendeentes (como é que lhes hei-de chamar?...) surpresas (não encontrei melhor, desculpem). Assim como preparar-se um cidadão para os malefícios do tabaco e apanhar com os benefícios do charuto. Aliás, como dizia o Rubem Fonseca - e logo no título -, deste mundo prostituto só guardo saudades do meu charuto.
Pois. "Zappingava" eu, e eis que apanho em amena cavacada, perdão cavaqueira, o meu velho professor Jacinto Nunes (de que guardo boas recordações de quando entrei para Económicas e o tive como docente), o que fez rejuvenescer e reganhar expectativas de ainda poder vir a ter algum tempo de antena dado que ainda tenho muitos anos à minha frente, o Joaquim Letria, outro velho conhecido (e de boa convivência) do Diário de Lisboa e outros sítios, um Torres Couto, com quem muito viajei Lisboa-Bruxelas-Lisboa, Lisboa-Estrasburgo-Lisboa, e outros polémicos lugares como O Jornal, o dr. Rui Machete, que era presidente da comissão parlamentar da AR onde se discutia o orçamento e outros documentos económicos e tinha muito respeito pelos deputados do PCP que lá tarefavam (muito justamente mais, muito mais, pelo Octávio Teixeira que por mim, que por lá passei só cerca de um ano em trânsito para o PE), mais um outro dr. economista, para mim só reconhecível pelo nome, Alípio Dias, porque nunca o conheci de perto nem mais mais magro nem menos careca.
Foi inesperadamente giro. E assustador.
Não se fala mais nisso - para além de três ou quatro apontamentos que não resisti a tomar... e a trazer para aqui. Disse o velho professor "Estamos há 10 anos a gastar mais 10% do que produzimos!", e eu pergunto Quem? e pergunto, também, não estamos há 10 anos a produzir, e a pescar e a semear, e outras coisas, bem menos que 10% do que podíamos? , e mais pergunto não aconteceu que, nestes 10, os que mais consumiam passaram a consumir muito mais relativamente aos que menos consumiam e muito menos consomem? Também achei piada aquele exemplo do Jaquim Letria de, nas primeiras vindas do FMI (apresentadas como um insomensurável sucesso pelo dr. Alípio, um "espectáculo"), em Belém se ter passado a servir vinho do Porto em vez de whisky! Boa... Ah!, é verdade, dr. Alípio, a propósito daquilo que não percebi muito bem dos generais, do Patton em particular, lembre-se que não foram os "americanos" que chegaram a Berlim mas foram os soviéticos. Os "americanos" nem tiveram tempo de bombardear Berlim antes de lá chegarem os seus "aliados" soviéticos, como fizeram em Dresden. Mas, sobre tudo o mais, é sobretudo um "encanto" ver e ouvir o Torres Couto a emergir como um grande pensador, prenhe de valores e princípios! E que bem fala o homem...
Para o que estávamos guardados...
4 comentários:
Confesso que é deveras doloroso, fere o nosso espírito e insulta a nossa inteligência,por conhecermos, de «ginjeira» os fulanos e as suas actuações nesta política de plutocracia assistirmos às trapaças prepositadas e à desfaçatez sem limites, ver, e saber, que lhes é permitido aparecer e reaparecer nas pantalhas das TV's a apregoar os mesmos sermões, a mentir e confundir os factos e os acontecimentos!
Até onde chega paciência?
Até quando o jornalismo de «aluguer»?
Um abraço e força no combate.
J.F.
Que grande noite! :))))))
(mas apesar do susto, não te falta a ironia, o que é muito saudável...)
Triste, triste, ouvir essas pessoas falar Quanto ao Torres Couto, nem sequeré triste . É inacreditável.
Um beijo.
Tu tens mesmo a certeza de que não tens a televisão avariada?! :-)))
Agora a sério... um dia destes ainda me irrito seriamente com alguém que me atire à cara esse "andamos a viver acima das nossas possibilidades".
Abraço.
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